República Checa vence duelo de históricas com os EUA e completa lote das meias-finais em Sevilha

SEVILHA — Já com os últimos raios de sol a iluminar o relvado do Estádio Olímpico da Cartuja que esta semana mudou de funções para acolher as Billie Jean King Cup Finals, a República Checa e os Estados Unidos da América voltaram a cruzar-se na prova que cumpre o 60.º aniversário. Num duelo entre duas das históricas nações do ténis feminino, o conjunto europeu foi quem sorriu por fim numa eliminatória com muito suor (e lágrimas à mistura) para encerrar definitivamente o grupo das quatro que ainda sonham com a conquista do título na Andaluzia.

Destinada a aproximar a meta das meias-finais, Danielle Collins (55.ª) traçou uma exibição muito robusta e construiu um muro consistente para devolver todas as tentativas de Katerina Siniakova (45.ª). A jogadora da Flórida não sofreu uma única quebra de serviço e ainda em menos de uma hora e meia deu o primeiro passo ao assinar os categóricos 6-3 e 6-2.

Eram as norte-americanas quem estavam na frente, mas nas bancadas quem liderava eram as checas — que contaram do início ao fim com legiões de fãs nas quatro secções das bancadas do Court 1 — e o calor do público, que contrastou com o frio que já se fazia sentir, aqueceu o coração de Marketa Vondrousova (7.ª e única top 10 ainda em prova) que retaliou do modo mais pujante possível, com 6-1 e 6-1 que deixaram Sofia Kenin (33.ª) em lágrimas tanto nos últimos pontos, como depois do desfecho.

Era na partida de pares que se colocavam todas as peças de xadrez e o ímpeto da República Checa resplandeceu dentro de court: em plena harmonia com a orquestrada falante de adeptos do país da Boémia, Barbora Krejcikova e Katerina Siniakova souberam guiar o leme que as separou de Danielle Collins e Taylor Townsend e vestiram a capa de heroínas ao triunfar por 6-3 e 7-5 — resultado que as aponta às meias-finais um ano depois.

Com onze títulos no curriculum (e bordados nos equipamentos de toda comitiva), a República Checa garante a permanência em Sevilha até ao fim de semana de todas as decisões e vê ao virar da esquina uma eventual 13.ª final da história. Num lote comandado pelas seleções europeias, vai discutir o acesso à última etapa com a única ‘intrusa’, o Canadá, enquanto na outra partida opõem-se a Itália e a Eslovénia.

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