O sonho de disputar pela primeira vez uma final a nível ATP esteve muito próximo de voltar a ser adiado, mas Ben Shelton (19.º) escapou ‘entre a espada e a parede’ a um encontro que já poderia ter sido dado como perdido e riscou da lista a meta de chegar ao derradeiro dia de prova no ATP 500 de Tóquio. Um dia depois de ter deixado pelo caminho Tommy Paul, o jogador de Atlanta voltou a levar a melhor num novo duelo entre norte-americanos e ao fim de quase três horas de alta voltagem venceu por 6-7(2), 7-6(5) e 6-4 diante de Marcos Giron (79.º).
O equilíbrio imperou num primeiro parcial onde cada um dos protagonistas concretizou uma quebra de serviço e foi apenas no tira teimas que Giron encerrou da melhor forma a disputa ao vencer os últimos sete pontos seguidos. Bem direcionado para a vitória, o californiano ampliou a liderança e esteve mais próximo do que nunca do triunfo, ao comandar por 5-2 no segundo set, mas Shelton retaliou ainda a tempo e, depois de ter estado a dois pontos do desaire, procedeu à ‘cambalhota’ no resultado — não só restaurou as contas no tie-break, como também se distanciou pela margem mínima no capítulo decisivo.
Com o passaporte carimbado para uma inédita final no circuito principal, Ben Shelton está agora a um passo de distância de inscrever o nome na grelha de campeões do ATP Tour e vai partilhar o palco no derradeiro encontro da semana em Tóquio com o russo Aslan Karatsev (50.º), que esteve esta manhã encarregue de extinguir a chama do nipónico Shintaro Mochizuki (215.º), que antes desta semana nunca havia triunfado em quadros principais a este nível.
