Nuno Borges regressou aos triunfos no circuito ATP pela primeira vez desde Roland-Garros e fê-lo de forma dramática, ao anular um match point contra Mikhail Kukushkin no torneio de Astana, no Cazaquistão, e já esta quinta-feira reconheceu que estava a precisar de uma vitória com contornos como estes.
“Já há algum tempo que não conseguia uma vitória e apesar das três horas sofridas sabe muito bem. A salvar um match point e contra um jogador da casa é sempre difícil, por isso estou muito feliz”, começou por afirmar em declarações ao programa Manhã Informativa da Sport TV.
“Estava a precisar de uma vitória sofrida e muito disputada do início ao fim”, acrescentou o maiato de 26 anos acerca do encontro que venceu em 2h50 contra o tenista da casa.
Superada a primeira ronda, Borges explicou ainda que “nos ATP 250 ainda não consegui chegar a uns quartos de final, portanto o meu objetivo literalmente é ganhar o próximo encontro.”
O melhor tenista português da atualidade tinha perdido os últimos oito encontros no circuito, mas antes do mais recente, em Chengdu, venceu dois pela seleção portuguesa que fez história na Taça Davis. E reconheceu que essa semana desempenhou um papel fundamental: “Não sei se foi o desbloqueador, mas sem dúvida que ajudou. A Taça Davis é sempre uma semana diferente, que traz outra energia. Joguei mutio bem e sair de lá com duas vitórias em singulares que ajudaram a equipa é muito bom para a confiança porque fez-me sentir mais uma vez que sou capaz de ganhar a grandes jogadores.”
Em Astana, Nuno Borges terá como adversário na segunda ronda ou o norte-americano Sebastian Korda ou o australiano Alexei Popyrin, dois jogadores que fazem parte do top 50 mundial. “Estou cá há pouco tempo, portanto é bom ter tempo para ver os encontros, sentir o ambiente e poder ‘espiar’ os meus possíveis adversários.”
