BRAGA – Quatro títulos ITF em 2023 e mais de 500 lugares subidos no ranking ATP trouxeram mais expetativas para Henrique Rocha no patamar superior. É por isso “frustrante” a derrota prematura no Braga Open, mesmo que pela frente tenha estado Titouan Droguet, um dos cabeças de série da quinta edição da prova.
“Este ano não fiz nada de especial nos Challengers. Sinto que o ano passado ou há dois anos estava a jogar melhor frente a estes jogadores. Não é pelo nível estar pior, mas a mentalidade é diferente. Com 16 ou 17 anos é tudo uma diversão, não há pressão, solta-se uma direitas e vê-se o que dá. Hoje em dia já sei que tenho nível para estar aqui, todo o procedimento é diferente, tenho um pouco mais de pressão apesar de estar a jogar com jogadores que na teoria são superiores. Mas tenho mais expectativas e possibilidade ganhar e acaba por ser mais frustrante perder estes encontros”, sublinhou no final em conferência de imprensa.
O tempo de adaptação à terra batida não foi muito, isto depois de semanas a fio a jogar em hard courts, sempre com bastante sucesso. Ainda assim, o português 19 anos aponta um motivo maior para um resultado abaixo do esperado. “A maior diferença é o nível entre ITF e os Challengers. O Droguet é dos melhores que apanhei este ano, mas apesar disso sabia que podia dividir, só que não consegui. Tenho de começar a habituar-me a jogar contra estes jogadores, é para aqui que trabalho. São estes jogos que são bons e me dão nível, vou evoluir com este tipo de encontros”.
O atual número seis nacional (359.º ATP) lamentou as pequenas oportunidades iniciais perdidas e o facto de “ter saído do encontro mentalmente” depois do break no segundo parcial e agora espera melhorar já na próxima semana, no Del Monte Lisboa Belém Open, quer venha a jogar no qualifying ou no quadro principal. E pensa que a rodagem de terra batida, até pela competição de pares em Braga (ao lado de Jaime Faria) que começa nesta quarta-feira, venha a ser bem maior.