Madison Keys entrou com tudo e liderou por 6-0 e 5-3, o que a deixou a um jogo de derrotar Aryna Sabalena, mas a bielorrussa operou uma recuperação milagrosa que negou à norte-americana a segunda presença na final do US Open e no final não escondeu a surpresa ao ter sido capaz de dar a volta a um duelo que parecia resolvido.
“Foi um encontro incrível, em que ela jogou um ténis incrível. Estava em todo o lado e eu só me perguntava o que é que podia fazer para a parar, poque estava a jogar muito bem. Não consegui fazer nada, não tinha o controlo do encontro, mas continuei a tentar, mantive-me na luta à espera de uma oportunidade e com sorte, e de forma mágica, consegui dar a volta”, admitiu a tenista de Minsk.
Na conferência de imprensa, Sabalenka explicou que “sempre soube que as derrotas em encontros muito equilibrados iriam ajudar-me mais tarde, é esse pensamento que me ajuda a manter a concentração e a verdade é que até ao último ponto nada está terminado, por isso tens de continuar a lutar.”
Campeã do Australian Open no início do ano, Aryna Sabalenka está a um passo de erguer um segundo título do Grand Slam em 2023 e, se o fizer, sairá de Nova Iorque com dois troféus, pois já sabe que a partir de segunda-feira será oficialmente a nova número um mundial.
Para completar uma quinzena perfeita, a tenista bielorrussa de 25 anos terá, no entanto, de colocar um travão no percurso de outra norte-americana, Coco Gauff, que chegou ao torneio com a melhor forma entre todas as candidatas ao vencer o WTA 500 de Washington e o WTA 1000 de Cincinnati nas semanas anteriores.
Sobre a jovem de 19 anos, Sabalenka só teve elogios a dizer: “Está a jogar muito melhor do que na última vez que nos defrontámos, em Indian Wells. É uma jogadora diferente, por isso não vou dar muita importância a esse encontro. Sendo uma final, tenho de concentrar-me em mim própria e preparar-me para uma grande luta. Aconteça o que acontecer sei que vou dar o meu melhor e nunca vou desistir. É um pouco tarde, por isso não sei bem o que fizer, sinto que perdi um pouco o controlo das palavras”, concluiu entre sorrisos.
