Ben Shelton (47.º) é a última esperança da casa no quadro masculino do US Open e deu continuidade àquela que está a ser a sua melhor campanha em torneios do Grand Slam ao bater o compatriota Frances Tiafoe (10.ª) numa partida resolvida por 6-2, 3-6, 7-6 (7) e 6-2, para alcançar o grupo de apurados para as meias-finais. O jovem talento de apenas 20 anos vai ter pela frente a hercúlea tarefa de tentar surpreender Novak Djokovic, mas antes do desafio de sexta-feira tem ainda tempo para desfrutar o que já alcançou.
“Foi uma verdadeira batalha física, uma prova autêntica. Sentimos muito calor e em 75% dos pontos terminámos bastante cansados. No final do terceiro set, quando chegou o momento-chave, tive um pouco de sorte e fui firme nos últimos pontos. Essa foi a chave da noite”, exprimiu o jogador de Atlanta em conferência de imprensa.
O foco principal centra-se nos singulares, mas pelo meio tem ainda de pé um compromisso na variante de pares mistos, ao lado de Taylor Townsend: “Fico feliz por ter dois dias livres no quadro de singulares, é agradável saber que não volto a jogar antes de sexta-feira porque nesta fase do torneio é muito bom ter dias livres. Sinto-me emocionado por chegar às meias-finais e ter a oportunidade de continuar em frente, estou a aproveitar cada minuto em court e espero continuar a jogar a um bom nível.”
O estatuto de três vezes campeão e futuro número um mundial de Novak Djokovic não intimida Ben Shelton, que espera contrariar as probabilidades para atingir uma inédita final em torneios do Grand Slam: “Vai ser um desafio complicado, como é em todas as vezes em que enfrento alguém pela primeira vez. Sei o quão sólido é Novak, com a sua força mental e resistência física, por isso terei de planificar muito bem o meu jogo. Ainda assim, acho que o meu estilo de jogo é uma vantagem quando enfrento alguém pela primeira vez, talvez possa apoiar algumas coisas que não se veem tanto em encontros normais. Vou tentar usar algumas coisas diferentes na sexta-feira.”