Jelena Ostapenko (21.ª) está a voltar a dar que falar nos grandes palcos e cinco anos depois da primeira ascensão ao topo regressa às últimas etapas em torneios do Grand Slam. A antiga número cinco mundial deu esta segunda-feira o passo em frente para ditar o fim de linha à campeã em título Iga Swiatek, por 3-6, 6-3 e 6-1, e avançar rumo aos quartos de final do US Open.
Nas primeiras impressões acerca daquela que foi uma das maiores vitórias da carreira, a letã admitiu que tentou esperar pelo momento certo para colocar em marcha o plano de reviravolta: “Sabia que era uma grande jogadora, muito consistente, sobretudo nos últimos anos. Também sabia que a pressão iria estar do lado dela, porque era a número um e se hoje perdesse, também perderia esse número. Tentei complicar-lhe as coisas ao fazer o meu jogo e a lutar em cada ponto. Depois do final do segundo set consegui dominar muito bem o encontro.”
Tendo na memória o título conquistado em Roland-Garros, em 2017, Ostapenko não tem dúvidas de que sente agora mais preparada para voltar a juntar-se à grelha de vencedoras de Majors: “A minha vida mudou quando ganhei em Paris, depois precisei de tempo para adaptar-me a tudo isso. Não foi fácil, tinha apenas 19 anos. Esperava ganhar mais Grand Slams, mas não numa idade tão jovem, porque é difícil habituar-se a tanta atenção e pressão, todos esperam que ganhes cada encontro e cada torneio. Agora sinto-me mais madura, voltei a sentir-me bem e estou mais relaxada, não penso tanto e desfruto.”
O percurso em Nova Iorque já se tornou um dos mais produtivos da sua carreira, mas agora o foco está no apuramento para as meias-finais e para isso terá de lidar com iguais pretensões de Coco Gauff (6.ª), nova coqueluche do ténis norte-americano: “Vai ser um encontro muito duro frente a uma jogadora muito jovem. Encontrámo-nos na Austrália e foi uma grande partida, agora vou tentar concentrar-me para tentar desfrutar, é maravilhoso estar nos quartos de final aqui em Nova Iorque.”
