Entre os altos e baixos que têm formado a primeira temporada completa entre a elite do circuito mundial, há dois momentos que o norte-americano Ben Shelton nunca esquecerá: os primeiros quartos de final em torneios do Grand Slam, em janeiro no Australian Open, e os primeiros quartos de final no US Open, alcançados este domingo.
Aos 20 anos, o jovem que estudou na Flórida até ao verão do ano passado vingou a derrota de janeiro para o compatriota Tommy Paul graças aos parciais de 6-4, 6-3, 4-6 e 6-4.
Shelton tornou-se no norte-americano mais novo desde Andy Roddick, em 2002, a chegar tão longe do “Major” dos Estados Unidos da América. E pelo meio “disparou” dois ases a 239km/h, ficando muito próximo do recorde ainda detido… pelo compatriota.
Não fosse o colapso quando se viu confrontado com a vitória e este teria sido mais um dia perfeito para o jovem de 20 anos.
A vencer por 6-4, 6-3 e 4-1, precisamente na altura em que assinou os dois serviços fulminantes, Shelton perdeu por completo a concentração, deixou-se quebrar por duas vezes consecutivas e viu Paul conquistar cinco jogos consecutivos que transformaram o terceiro set em algo já impensável.
Depois, o número 14 mundial ameaçou mesmo mais uma quebra de serviço logo na entrada do quarto parcial, mas Shelton resistiu, segurou o “saque” e teve o despertar de que precisava: recuperada a concentração e escreveu a quarta vitória da semana.
O resultado deste domingo garantiu a entrada inédita de Ben Shelton no top 30 mundial após o US Open e enviou o mais novo dos quatro homens americanos ainda em prova para os quartos de final, fase em que poderá ter pela frente outro compatriota caso Frances Tiafoe (10.º) confirme o favoritismo contra o australiano Rinky Hijikata (110.º), que tem sido uma das sensações da prova.
