Casper Ruud entrou na temporada de 2023 sabendo que teria duas finais de torneios do Grand Slam a defender. E se, apesar da má forma na terra batida, conseguiu fazê-lo em Roland-Garros, no US Open o norueguês não conheceu a mesma sorte e confirmou a tendência recente ao ser eliminado pelo talentoso Zhang Zhizhen na segunda eliminatória. Assim, a permanência no top 10 ficou em risco…
Um ano depois de ser travado por Carlos Alcaraz numa decisão que lhe teria dado o primeiro lugar do ranking em caso de vitória, o jogador de Oslo não deitou a toalha ao chão e lutou durante cinco partidas, mas a maior clarividência e o ténis ofensivo do adversário chinês falaram mais alto e resultaram numa vitória por 6-4, 5-7, 6-2, 0-6 e 6-2 em 3h22.
Zhang Zhizhen, que tem feito história para o ténis chinês e já ocupa o 67.º lugar do ranking, lutou de igual para igual com um dos melhores tenistas da atualidade e fez tudo para merecer a vitória, com destaque para os 18 ases, os 60 winners e as 48 subidas à rede em que baseou o maior triunfo da carreira.
Este triunfo atirou automaticamente Ruud do quinto para o nono lugar do ranking, mas a permanência no top 10 está longe de ser um dado adquirido e o norueguês ainda pode ser ultrapassado por vários jogadores que continuam em prova em Nova Iorque.
Já Zhang, tem garantido o regresso ao top 60 mundial (já foi 52.º classificado) e será o favorito para uma terceira ronda muito surpreendente contra o australiano Rinky Hijikata (110.º), que aproveitou um péssimo dia de Marton Fucsovics — responsável pela eliminação de Sebastian Korda na eliminatória anterior — para prolongar a melhor campanha de singulares num torneio do Grand Slam.
