Quem a viu e quem a vê: Caroline Garcia foi uma das jogadoras em maior destaque na segunda metade de 2022, mas um ano depois atravessa um calvário de maus resultados que se agravou esta terça-feira com uma derrota na primeira ronda do US Open.
Semifinalista em Nova Iorque há um ano, a tenista francesa (ainda no sétimo lugar do ranking) não conseguiu reunir argumentos para contrariar a chinesa Yafan Wang (ex-top 50 que atualmente figura no 115.º lugar) e perdeu por claros 6-4 e 6-1 num encontro de sentido único.
Embalada pela passagem de sucesso pelo qualifying, que lhe permitiu jogar o quadro principal de um torneio do Grand Slam pela primeira vez desde Wimbledon 2021, Wang celebrou a primeira vitória a este nível desde julho de 2019, também em Londres.
A chinesa falhou sete meses da temporada trasata devido a lesão, mas regressou com tudo em 2023 e ao longo desta época já celebrou 57 vitórias entre todos os níveis, com destaque para cinco títulos ITF e um WTA 125 (em Stanford, nas vésperas deste torneio).
Os bons resultados alcançados ao longo dos primeiros oito meses do ano permitiram-lhe saltar do 696.º para o 115.º posto em poucos meses e foi esse ténis que demonstrou na primeira ronda, em contraste com a falta de confiança agravada pela série de derrotas de Garcia (tinha perdido cinco dos sete encontros antes de chegar ao US Open).
Ao todo, a tenista gaulesa apontou 34 erros não forçados, entre os quais seis duplas faltas — uma delas no último ponto do encontro que sentenciou a perda dos 720 pontos conquistados há um ano ao chegar às meias-finais. A fraca prestação nos últimos meses deverá fazer com que Caroline Garcia abandone o top 10 em breve, uma condição que se agravará se, ao que tudo indica (está fora do top 20 da race), falhar a qualificação para o WTA Finals, onde terá o título — e 1.500 pontos — a defender…
