ATP anuncia salário mínimo para os jogadores do top 250 a partir de 2024

A Associação de Tenistas Profissionais anunciou, na terça-feira, a criação de um salário mínimo para os jogadores que encerrem o ano entre os 250 melhores do mundo a partir de 2024.

O programa anunciado (“Baseline”, ou Linha de Fundo) tem como objetivo garantir a segurança financeira de duas centenas e meia de jogadores, quer através de um rendimento mínimo, quer de uma proteção contra lesões e até uma bolsa para jogadores em ascenção.

O primeiro pilar do programa pressupõe um subsídio para os jogadores que terminem o ano no top 250 com um prize-money abaixo dos limites estabelecidos: 300.000 dólares para os jogadores que acabem o ano no top 100, 150.000 dólares para os que terminem entre as posições 101 e 175 e 75.000 dólares para os tenistas que acabem entre as posições 176-250.

Dos quatro tenistas portugueses que concluíram 2022 entre os 250 melhores do mundo, apenas um teria tido direito ao novo subsídio da ATP: Frederico Silva, que fechou o ano na 201.ª posição e fez 68.806 dólares (abaixo do mínimo estabelecido de 75.000 dólares).

Gastão Elias foi 232.º e recebeu um total de 139.560 dólares (acima do mesmo mínimo), Nuno Borges encerrou a época como 112.º e ganhou 314.847 dólares (acima dos 150.000 dólares definidos como mínimo) e João Sousa terminou na 82.ª posição e ganhou 636.912 dólares, mais do dobro do mínimo estabelecido para os top 100.

Em 2021, Nuno Borges terminou a época como 194.º e com um prize-money de cerca de 48.000 dólares, pelo que teria direito ao novo subsídio da ATP. Os restantes cinco portugueses que fecharam esse ano no top 250 (João Sousa, Pedro Sousa, Gastão Elias, Frederico Silva e João Domingues) tiveram ganhos superiores aos mínimos.

O segundo pilar do novo programa pressupõe um apoio financeiro aos jogadores que disputem menos de nove torneios ATP e Challenger numa época devido a lesão: 200.000 dólares para os jogadores do top 100, 100.000 dólares para as posições 101 a 175 e 50.000 dólares para 176-250.

A última medida assenta numa bolsa de 200.000 dólares (a serem pagos antes da época seguinte) para os jogadores que cheguem pela primeira vez ao top 125 — oito jogadores portugueses conseguiram fazê-lo nos 50 anos de história do ranking ATP: por ordem, Nuno Marques (foi 86.º), João Cunha e Silva (108.º), Frederico Gil (62.º), Rui Machado (59.º), João Sousa (28.º), Gastão Elias (57.º), Pedro Sousa (99.º) e Nuno Borges (63.º).

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