Um mês depois de perder a final de Wimbledon, Novak Djokovic conseguiu a desforra de Carlos Alcaraz e sagrou-se campeão do ATP Masters 1000 de Cincinnati, mas para o fazer teve de anular um match point e sobreviver a um duelo de 3h49 que se transformou na decisão mais longa da história do circuito ATP.
Por isso, não foi surpreendente ver o sérvio de 36 anos admitir, na cerimónia de entrega de prémios, que este se tratou de um dos encontros mais exigentes da carreira: “Foi um encontro louco, uma verdadeira montanha-russa. Acho que não joguei muitos encontros como este em toda a minha vida. Talvez o possa comparar à final do Australian Open de 2012, com o Nadal, embora aqui tenham obviamente sido três sets — mas quase quatro horas. Foi um dos encontros mais entusiasmantes e exigentes mental, emocional e fisicamente que já vivi.”
Entre muitos elogios ao adversário, Djokovic descreveu “cada ponto como uma batalha” e também demonstrou vontade de reencontrar Alcaraz na final do US Open, “pelo público.”
Aos 36 anos, o sérvio tornou-se no campeão mais velho da história do ATP Masters 1000 de Cincinnati, ultrapassando Ken Rosewall, e chegou aos 95 títulos na carreira, para além de ter reforçado o recorde de 39 troféus de campeão em provas desta categoria.