Após 15 encontros sem conhecer o sabor da derrota, Gonçalo Oliveira (278.º classificado no ranking mundial) foi travado na primeira ronda do Challenger de Segóvia, que assinalou o regresso ao circuito secundário pela primeira vez em seis meses, e perdeu a remota hipótese de voltar aos torneios do Grand Slam já no US Open.
A viver uma das melhores temporadas da carreira, o recém-campeão do ITF de Castelo Branco, onde estabeleceu um novo recorde nacional de títulos (sete) numa só época, perdeu nos detalhes para o turco Cem Ilkel (216.º), que celebrou em dois tie-breaks graças aos parciais de 7-6(6) e 7-6(5).
A atuar num torneio do ATP Challenger Tour pela primeira vez desde janeiro, nos dois Indoor Oeiras Open do Jamor, o portuense de 28 anos precisou de correr atrás do prejuízo na primeira partida. Com um break de desvantagem em duas ocasiões, Oliveira reagiu bem e acabou por forçar um tie-break, mas na hora das decisões foi Ilkel quem voltou a adiantar-se.
A segunda partida foi diferente e o número três nacional conseguiu ter quatro oportunidades para quebrar pela primeira vez o serviço do adversário logo a abrir, mas não as aproveitou e o set decorreu sem breaks até um novo tira-teimas em que uma dupla falta ao 4-3 fez com que o português perdesse o mini-break de vantagem e desse ao turco uma janela que não desperdiçou.
Eliminado em Segóvia, Gonçalo Oliveira voltará a Portugal para participar no Porto Open 125 da próxima semana, no Complexo Desportivo do Monte Aventino. Mas essa semana já não lhe permitirá pontuar para entrar no qualifying do US Open, pelo que o regresso aos torneios do Grand Slam, nos quais não compete desde julho de 2018, terá de ficar para a próxima temporada — é altamente provável que o faça logo no Australian Open pois não tem pontos significativos a defender nos próximos cinco meses.
