A jornada de domingo foi sinónimo de festa para Gonçalo Oliveira, que em Castelo Branco conquistou o sétimo título da temporada e estabeleceu um novo recorde nacional, mas não teve tempo para celebrar: o terceiro melhor tenista português da atualidade seguiu rapidamente para Lisboa, voou até Madrid e depois viajou de carro até Segóvia, onde esta semana regressa ao ATP Challenger Tour pela primeira vez em seis meses com o US Open em vista.
Com entrada direta no quadro principal do Challenger 100 espanhol à última hora, na condição de alternate, o portuense terá como adversário na primeira ronda o turco Cem Ilkel (216.º) — um jogador que também esteve nas últimas provas deste circuito em que Oliveira participou, os Indoor Oeiras Open 1 e 2 que abriram a temporada de 2023 no Complexo de Ténis do Jamor.
O sucesso no circuito ITF durante os primeiros sete meses de 2023 (conquistou títulos em Loulé, Portimão, Santa Margherita di Pula, Roma, Breslávia, Sófia e Castelo Branco), nos quais já celebrou 60 vitórias, permitiu ao portuense subir do 507.º posto em que iniciou o ano para o 269.º com que iniciou a semana em Castelo Branco, cujos pontos conquistados resultarão em mais uma subida quando forem contabilizados na próxima semana.
A escalada na hierarquia mundial deixa Gonçalo Oliveira em posição de sonhar com um regresso aos torneios do Grand Slam pela primeira vez desde Wimbledon 2018, mas a janela é curta — muito curta: apenas terá esta semana, no Challenger 100 de Segóvia, para somar pontos que lhe permitam resistir ao cut do qualifying do US Open, por volta do 230.º lugar do ranking. O Porto Open 125 da próxima semana, no Monte Aventino, já ficará de fora destas contas.
Challenger-Segovia-2023