Novak Djokovic sabia que teria pela frente um osso dificilmente difícil de roer e mostrou-se à altura do desafio na jornada desta quarta-feira, dia em que a chuva voltou a atrapalhar os planos em Wimbledon, mas que para o sérvio decorreu dentro da normalidade e terminou com mais uma vitória em três sets.
Por Gaspar Ribeiro Lança, em Wimbledon
De olhos postos num histórico oitavo título que lhe permitira igualar o recorde de Roger Federer no All England Club, o número dois mundial deu o segundo de sete passos necessários ao superar Jordan Thompson por 6-3, 7-6(4) e 7-5.
O australiano prometia ser um verdadeiro teste por duas características muito específicas do seu arsenal: o potente serviço e a capacidade de subir rápida e constantemente à rede, elementos tão fundamentais para um jogo bem-sucedido na relva.
De facto, Thompson serviu bem (disparou 21 ases e venceu 79% dos pontos que disputou com o primeiro serviço) e foi uma constante na secção mais avançada do court (subiu 73 vezes à rede e deu-se bem em 46 dessas ocasiões).
Mas do outro lado estava um dos melhores tenistas da atualidade e da história, sem duvida o melhor a responder ao serviço, que neutralizou com eficácia a maioria das ameaças e nem sequer enfrentou um ponto de break.
Apesar de ter disputado três sets muito equilibrados, Djokovic não tremeu quando estava proibido de o fazer. E, tal como vem a acontecer desde o início do ano, muito menos vacilou no tie-break da segunda partida.
Afinal, o sérvio é um homem numa missão e nem o facto de ter enfrentado um jogador que apontou mais winners (43 para 40) e fez mais uso das ferramentas que são chave para singrar na relva o assustou.
Testado, mas sem enfrentar dificuldades de maior, o novo recordista de títulos de singulares masculinos em torneios do Grand Slam já está na terceira ronda.
O próximo adversário poderá ser um jogador que bem conhece, Stan Wawrinka, caso o helvético consiga superar Tomas Martin Etcheverry na quinta-feira, depois de ter sido ‘mandado para casa’ no final desta quarta-feira por causa da falta de luz natural que permitisse o completar da ação.
O encontro da terceira ronda de Djokovic será disputado na sexta-feira, dia em que se cumprirão precisamente 10 anos desde, imagine-se, a última derrota do sérvio no Centre Court. E entretanto são já 30 os triunfos consecutivos num torneio onde conquistou os últimos quatro troféus…