Mirra Andreeva brilhou na terra batida de Madrid (três vitórias no WTA 1000 espanhol) e de Paris (cinco vitórias que a levaram à terceira ronda do Grand Slam francês) e esta quarta-feira mostrou-se decidida a fazer o mesmo na relva de Londres, onde aos 16 anos celebrou a primeira vitória da carreira no quadro principal de Wimbledon.
Por Gaspar Ribeiro Lança, em Wimbledon
Apesar da tenra idade, a jovem russa que já tanta tinta fez correr por causa das mediáticas vitórias que celebrou ao longo dos últimos meses não surpreendeu ninguém — o que por esta altura, e atendendo ao quão precoce é a sua existência no circuito, é um dos maiores elogios que se lhe pode fazer.
Já no 102.º lugar do ranking WTA, a “menina” natural de Krasnoyarsk exibiu-se como gente crescida a caminho da vitória por 6-4, 3-6 e 7-5 contra Xiyu Wang.
Nem a chuva que tanto prejudicou a jornada nem a recuperação da tenista chinesa (que é a 65.ª classificada no ranking) ao vencer a segunda partida perturbaram Andreeva, que se mostrou impávida e serena ao longo de grande parte do primeiro duelo da carreira no All England Club, pois nem como júnior (ainda tem 16 anos, mas já foi número um) jogou o torneio.
Tal como tinha acontecido em Paris, a jovem russa passou com distinção pelas três rondas de qualifying, mas desta vez precisou de mudar de clube, uma vez que em Londres o qualifying de Wimbledon é, por enquanto, organizado nos courts da Universidade de Roehampton para preservar a qualidade dos do All England Club até à quinzena de quadros principais.
Nem sinais dessa mudança houve, o que uma vez mais não surpreendeu.
Afinal, aos 16 anos, Mirra Andreeva já parece uma adulta entre as outras adultas. Até quando, ao ser escoltada do court até aos balneários, é seguida por uma enorme equipa multimédia enquanto pequenos e graúdos lhe requisitam autógrafos como se de uma verdadeira estrela se tratasse.