Kontaveit adia fim da carreira com vitória longe dos holofotes em Wimbledon A chuva que marcou os primeiros dias adiou o tão aguardado encontro e as decisões da organização enviaram-na para um court pacato, longe dos holofotes e dos olhares do grande público, mas Anett Kontaveit foi bem-sucedida na primeira ronda de Wimbledon e adiou o final da carreira.
Por Gaspar Ribeiro Lança, em Wimbledon
Poucos dias depois de ter anunciado que o torneio do Grand Slam britânico será o último enquanto tenista profissional por causa de uma lesão crónica nas costas, a tenista da Estónia que ainda há um ano era a segunda cabeça de série na relva do All England Club foi recambiada para o Court 6.
Inserido numa grelha de oito pequenos courts encaixados entre quatro show courts (o Centre Court, o Court No. 2, o Court No. 3 e o Court 12), o tímido palco onde Kontaveit entrou em ação não tem bancadas, apenas algum espaço de pé nos corredores de passagem.
Foram, por isso, apenas duas ou três centenas de espetadores aqueles que tiveram a oportunidade de assistir à possível despedida de uma jogadora que ainda há um par de meses estava em Portugal a representar o seu país na Billie Jean King Cup.
Mas o ténis que ainda consegue praticar apesar dos problemas físicos que a impedem de continuar a carreira para não colocar em risco a integridade física deu à organização uma nova oportunidade de honrar devidamente o estatuto e o adeus de Kontaveit: 6-4 e 6-4 foram os parciais do triunfo contra a italiana Lucrezia Stefanini, que depois de passar o qualifying não teve argumentos para prolongar a campanha.
Uma vez concluído o duelo, a emoção apoderou-se de Kontaveit. A estónia, que foi uma das melhores tenistas do Mundo nos últimos anos, abraçou prolongadamente o treinador e ao sair do court pediu a um adepto que lhe tirasse uma fotografia com toda a equipa técnica.
Impedida de continuar a celebrar pelo globo fora, terá, em Londres, pelo menos mais uma oportunidade de aproveitar a vida de tenista profissional.
