Separados por alguns minutos, Jodie Burrage e Liam Broady assinaram as primeiras vitórias de tenistas britânicos nos dois quadros principais de singulares de Wimbledon, onde Andy Murray volta a ser a grande esperança do público da casa.
Por Gaspar Ribeiro Lança, em Wimbledon
Com entrada direta no quadro principal pela primeira vez, Burrage (que ocupa o 108.º lugar no ranking WTA) assinou uma exibição autoritária e só precisou de 64 minutos para aplicar os parciais de 6-1 e 6-3 à norte-americana Caty McNally, que esteve limitada fisicamente.
Esta foi a primeira vitória em quadros principais de torneios do Grand Slam para a jovem britânica de 24 anos, que na temporada de relva brilhou ao alcançar pela primeira vez a final de um torneio WTA (perdeu contra a compatriota Katie Boulter em Nottingham).
A exibição de Burrage no Court No. 3 foi praticamente perfeita e permitiu-lhe tornar-se na primeira tenista da Grã-Bretanha a seguir para a segunda ronda (segue-se Daria Kasatkina), mas logo depois recebeu companhia.
No quadro masculino, o já mais experiente Liam Broady também convenceu e superou o francês Constant Lestienne por 6-1, 6-3 e 7-5 em 2h02.
Atualmente no 142.º lugar do ranking, o tenista de 29 anos igualou as prestações de 2015 e 2021 e colocou-se a um pasos de repetir a campanha de 2022, a melhor da carreira no torneio do Grand Slam que joga em casa.
Para tal, o tenista de Stockport terá de ultrapassar Casper Ruud. O campeão do Millennium Estoril Open e vice-campeão de Roland-Garros precisou de três sets, mas conseguiu adaptar-se bem no regresso à relva (não disputou qualquer torneio de preparação) e derrotou o mais rodado Laurent Lokoli, vindo do qualifying, por 6-1, 5-7, 6-4 e 6-3.