Uma gastroenterite impediu-a de alinhar nas primeiras meias-finais da carreira em relva, mas poucos dias depois a polaca Iga Swiatek voltou a competir e não deu sinais de estar limitada a caminho da segunda ronda de Wimbledon, o único dos quatro torneios do Grand Slam onde ainda não passou da quarta eliminatória.
Por Gaspar Ribeiro Lança, em Wimbledon
A melhor tenista da atualidade já tinha dado sinais de estar cada vez mais à vontade na mais tradicional das superfícies durante a campanha no WTA 250 de Bad Homburg, onde assinou três vitórias antes de desistir do encontro das meias-finais, e retomou a demonstração no encontro que inaugurou a ação no No. 1 Court, o segundo mais importante do All England Club.
81 minutos (com uma breve interrupção por causa da chuva pelo meio) foram suficientes para que a número um mundial derrotasse a chinesa Lin Zhu (34.ª classificada no ranking e, por isso, segunda a ficar de fora do lote de cabeças de série) pelos autoritários parciais de 6-1 e 6-3.
Mesmo com o primeiro serviço muito aquém do seu potencial (só colocou 61% das primeiras bolas), Swiatek raramente esteve em apuros. A primeira vez em que se viu confrontada com uma situação adversa aconteceu já na segunda partida, quando uma dupla falta a obrigou a enfrentar dois pontos de break consecutivos, mas foi apenas no jogo seguinte que sofreu a primeira (e única) quebra de serviço — ainda assim insuficiente para servir de balão de oxigénio a Zhu, pois a resposta da polaca foi imediata.
Tranquilamente apurada paraa segunda ronda com 21 winners no processo, Iga Swiatek terá de aguardar pelo encontro entre Martina Trevisan e Sara Sorribes Tormo — duas clay-courters — para conhecer a próxima adversária num frente a frente em que voltará a ser a grande favorita.
A excelente forma e o quadro fazem-na sonhar, mas em Wimbledon, já se sabe, é mesmo necessário dar um passo de cada vez.