Um, dois, três, Iga Swiatek outra vez: número um mundial sofre, mas defende título em Roland-Garros

Iga Swiatek precisou de sofrer mais do que está habituada, mas conseguiu agarrar-se com unhas e dentes ao estatuto de campeã e conquistou pela terceira vez o título em Roland-Garros, aumentando para quatro o número de troféus ganhos em torneios do Grand Slam — tantos quanto finais disputadas, tornando-se apenas na terceira mulher a fazê-lo.

Depois de duas finais ganhas com exibições autoritárias frente a Sofia Kenin (2020) e Coco Gauff (2022), a número um mundial esteve encaminhada para um desfecho semelhante contra Karolina Muchova, mas a checa tinha outros planos para a estreia na final de um ‘Major’ e recuperou de um set e um break de atraso para dar ânimo à decisão.

A recuperação ficou por um fio, mas só ao cabo de 2h46 e com os parciais de 6-2, 5-7 e 6-4 se encontrou a campeã de 2023. Infelizmente com uma dupla falta, final inglório para aquela que se transformou numa final muito equilibrada e bem disputada, mas reflexo do nervosismo que esteve patente do início ao fim num frente a frente com muito em jogo.

Totalmente no controlo durante a primeira parte da final (até ao 6-2, 3-0), Swiatek tremeu mentalmente e abriu espaço a que Muchova, uma vez livre da tensão inicial, ameaçasse a recuperação. Os esforços da checa permitiram-lhe liderar por duas vezes com um break de avanço na terceira partida, mas do outro lado estava não só uma das melhores jogadoras a responder ao serviço, como uma das mais experientes (apesar da tenra idade) entre as jogadoras em atividade, que ao segurar o serviço ao 4-4 depois de enfrentar mais um ponto de break sentenciou psicologicamente o duelo.

No decorrer da final deste sábado, Swiatek tornou-se na primeira jogadora da história — entre homens e mulheres — a vencer os primeiros sete sets disputados em finais de singulares de torneios do Grand Slam, ultrapassando os registos de Roger Federer, Lleyton Hewitt e Lindsay Davenport, que eram os únicos a ter ganho seis.

E ao conquistar o título juntou-se a Monica Seles e Naomi Osaka como apenas uma das três mulheres que desde o início da Era Open, em 1968, conseguiram vencer as quatro primeiras finais de singulares em torneios do Grand Slam. Isto quando tem apenas 22 anos.

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