Tudo levava a crer que fosse uma das contendas mais disputadas da jornada desde domingo que intermedeia Roland-Garros, mas Carlos Alcaraz defraudou as expetativas e não quis estar em court mais do que fosse estritamente necessário. Ao fim de cerca de duas horas, pôs travão às ambições de Lorenzo Musetti (18.º) ao sobrelevar-se por 6-3, 6-2 e 6-2.
De maneira oposta àquilo que o desenrolar do encontro viria a ditar, foi Musetti quem deu o primeiro passo em frente, mas a vantagem conquistada um break averbado logo a abrir não teve vida longa. Alcaraz não só procedeu bem a tempo de restaurar o nulo, como logo de seguida uniu os esforços necessários para tomar o comando que o conduziria para a vitória no primeiro parcial.
E o fosso ainda se transfigurou mais favorável ao líder mundial, graças a uma primeira quebra de serviço que reforçou a confiança no segundo parcial. Ainda que Musetti tenha dado uma boa réplica breves momentos depois, Alcaraz regressou à carga e foi quem mostrou mais argumentos para sorrir e ampliar a liderança.
A esperança é a última a morrer e Musetti ainda teve nas suas mãos duas oportunidades de passar para primeiro plano no terceiro set, mas não efetivou nenhuma das chances e numa fase mais dianteira Alcaraz repetiu a dose dos anteriores acontecimentos e, com duas novas quebras de serviço a juntarem-se ao palmarés, consumou a desforra da final perdida há um ano em Hamburgo, frente a este adversário.
Carlos Alcaraz, que este ano chegou ao Stade Roland-Garros enquanto um dos claros candidatos ao título, iguala os quartos de final atingidos na edição transata e parte agora em busca de voos nunca antes alcançados na terra batida de Paris. O espanhol de 20 anos tem pela frente o antigo finalista vencido Stefanos Tsitsipas (5.º), num teste de fogo onde está em jogo o apuramento para as meias-finais.