Bia Haddad Maia salva match point e prolonga melhor campanha em torneios do Grand Slam

Dois dias depois de ter selado pela primeira vez na carreira o apuramento para a terceira ronda de um torneio do Grand Slam, a brasileira Beatriz Haddad Maia deu mais um passo em frente ao qualificar-se para os oitavos de final de Roland-Garros — o melhor resultado do ténis feminino brasileiro em ‘Majors’ nos últimos 44 anos.

Para tal, a número 14 mundial precisou de recuperar da desvantagem de um set e de anular um match point na reta final do encontro que acabou por vencer com os parciais de 5-7, 6-4 e 7-5 frente à russa Ekaterina Alexandrova (23.ª).

Resolvido ao cabo de 2h51, o encontro obrigou Haddad Maia a correr atrás do prejuízo em diversas ocasiões: isto porque a jogadora de São Paulo sofreu duas quebras de serviço nos seis primeiros jogos que a deixaram rapidamente a perder por 1-5, mas recuperou de forma exímia em poucos minutos e restabeleceu a igualdade. Só que no momento de servir para garantir um tie-break voltou a sofrer uma quebra de serviço que colocou Alexandrova mais perto da segunda semana de Roland-Garros.

Também na segunda partida a brasileira foi a primeira a perder o serviço, mas recuperou de desvantagem em duas ocasiões e entre vários erros diretos de parte a parte, num ‘choque’ mais emotivo do que bem jogado, acabou por sair por cima. A vitória nesse braço de ferro pareceu empurrá-la para a recuperação e num ápice Haddad Maia encontrou-se a liderar por 4-1 no parcial decisivo, só que a pressão do momento fez com que recuperasse os erros, perdesse quatro jogos consecutivos e tivesse mesmo de enfrentar um match point quando serviu ao 4-5.

Foi quando esteve entre a espada e a parede que a sul-americana apresentou a sua melhor versão, com esse jogo de serviço salvo a embalá-la para o break decisivo no jogo seguinte e um reencontro com a história.

Apurada para os oitavos de final de um torneio do Grand Slam pela primeira vez na carreira, Beatriz Haddad Maia tornou-se na primeira mulher brasileira a chegar tão longe num ‘Major’ desde que Patrícia Medrado fez o mesmo na edição de 1979 de Roland-Garros, quando o torneio ainda tinha um quadro de 64 e não 128 jogadoras (ou seja, menos uma ronda para chegar a esta fase).

Segue-se uma jogadora contra a qual será favorita: a espanhola Sara Sorribes Tormo, que logo pela manhã beneficiou da inesperada desistência da cazaque Elena Rybakina.

Total
0
Shares
Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Total
0
Share