Era um dos duelos mais aguardados desde que o sorteio colocou frente a frente logo na primeira ronda duas campeãs de torneios do Grand Slam e não desiludiu: Bianca Andreescu deu a volta a Victoria Azarenka num dos melhores encontros da eliminatória inaugural, já o sol se punha para lá das bancadas do Court Simonne-Mathieu.
A ‘estufa’ que em 2019 acrescentou significativos e fundamentais metros quadrados ao Stade Roland-Garros é apenas o terceiro maior court do complexo, que com três batalhas a envolverem tenistas da casa não teve espetadores suficientes para, em pleno lusco-fusco, encherem por completo as bancadas de um palco onde a canadiana e a bielorrussa se envolveram num duelo de poder de fogo, ângulos e soluções de cortar a respiração.
À primeira vista, os parciais de 2-6, 6-3 e 6-4 podem não fazer justiça à qualidade do duelo, que se prolongou por 2h30 e viu a canadiana recuperar de um primeiro set abaixo das expetativas — e, na verdade, de um autêntico burado ao 2-6, 1-3 com 15-40 no serviço — para terminar o braço de ferro com impressionantes 47 winners em condições mais lentas por causa da agreste descida de temperatura que se verifica em Paris aquando do crepúsculo.
Esta é a terceira ocasião em que Bianca Andreescu alcança a segunda ronda, uma fase da qual nunca passou em Paris — nem, aliás, em Melbourne ou Londres, sendo Nova Iorque (onde em 2019 conquistou o troféu de campeã do US Open) a cidade de melhores memórias, mas também elas fustigadas pelos vários problemas físicos que tanto têm afetado a canadiana de ainda e apenas 22 anos nesta luta pela intromissão entre as melhores do mundo de forma constante.
Segue-se Emma Navarro, norte-americana que é a 75.ª classificada no ranking e que há dois anos venceu o importante campeonato nacional universitário do seu país.