Svitolina e o conflito na Ucrânia: “Mudou-me de várias maneiras, valorizo mais a família”

Elina Svitolina regressou esta segunda-feira em grande estilo a Roland-Garros e uma entrada autoritária prolongou o bom momento vindo já de Estrasburgo, onde somou no passado sábado o primeiro título desde que se tornou mãe. Após o triunfo por 6-2 e 6-2 sobre Martina Trevisan, a ucraniana voltou a apelar ao altruísmo com enfoque no conflito com a Rússia e ressaltou que o mais importante está a passar para segundo plano.

“A guerra mudou-me de várias maneiras, agora valorizo mais a minha família e o tempo que passo com ela”, começou por frisar a jogadora de Odessa, ciente das feridas da guerra, em declarações prestadas ainda em court.

Inconformada, deixou uma especial menção sobre as futilidades que não contribuem para a assistência às vítimas: “Não sei uma maneira mais simpática de o dizer, mas vejo muito lixo à volta daquilo que temos realmente de nos preocupar, o que é o ponto central daquilo que está a acontecer. Muitos ucranianos precisam de ajuda e de apoio, mas muita gente só se preocupa noutras coisas vazias que não estão a ajudar em nada.”

Sem querer abordar a ausência do aperto de mão pela qual tem optado frente a atletas russas ou bielorrussas, Svitolina reforçou o apelo: “Quero convidar todos os que possam a ajudar o povo ucraniano, as crianças, as mulheres que perderam os seus maridos, na guerra. Muitos se esquecem que, neste momento, precisamos de ajuda como nunca precisámos antes.”

“Há tantas formas de ajudar, podem fazer donativos, ajudar a salvar vidas. Estamos a perder o principal disso e apenas a falar sobre nada. São palavras vazias, completamente vazias. Isso não ajuda”, expressou a antiga número três WTA.

Total
0
Shares
Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Total
0
Share