Nuno Borges (76.º) é o único resistente português na competição de singulares em Roland-Garros, depois das despedidas de João Sousa e Frederico Silva ainda no qualifying. De regresso a um palco que marcou a sua estreia no mais elevado patamar da modalidade, é com determinação que o maiato prepara a ronda de estreia na terra batida de Paris.
Um ano depois de ter ‘furado’ a fase de qualificação para perder na estreia do quadro principal frente a Karen Khachanov, Borges (na altura, 134.º mundial) não tem dúvidas que o momento de forma é ainda mais positivo: “Sinto que evoluí como jogador desde o ano passado, é sempre muito bom poder estar nestes torneios e competir nos maiores palcos do mundo do ténis”, apontou em declarações à Lusa.
Já com a experiência no currículo de ter participado nos quatro torneios do Grand Slam, o número um nacional admite que Paris tem lugar destacado no coração: “Gostei muito dos outros torneios do Grand Slam e não considero este o meu favorito, mas traz-me grandes memórias porque foi onde me qualifiquei para o meu primeiro quadro principal e também foi o meu primeiro Major como profissional.”
O desafio de estreia em Roland-Garros será disputado com o norte-americano John Isner (89.º) e, para já, não pensa ainda em voos mais alargados: “Quero jogar bem e aproveitar a oportunidade. Sei que, jogando o quadro principal, vou ter encontros mais duros ainda. Se ganhar a primeira ronda já é um objetivo alcançado. Vou encontro a encontro, aqui é sempre desafiante, principalmente a cinco sets.”
Prestes a fazer a quinta aparição da carreira em provas Major, Nuno Borges procura o primeiro triunfo no quadro principal em Paris, depois das três vitórias na fase prévia. Teve igual êxito tanto em Wimbledon como no US Open – foi em Flushing Meadows que somou a primeira vitória em quadros principais -, enquanto já este ano não foi além da estreia no Australian Open, onde teve acesso direto à primeira ronda.