OEIRAS — O troféu de campeões esteve muito próximo de cair nas mãos de Henrique Rocha e Jaime Faria, mas a oportunidade de somarem o primeiro título no circuito Challenger ficou adiada depois de uma derrota sofrida in extremis na final de pares, por 6-7 (4), 7-5 e 10-6 às mãos de Luke Johnson e Sem Verbeek. Muito satisfeitos por esta semana (quase) em pleno, os jovens portugueses do Centro do Alto Rendimento acreditam que foi apenas o início de um percurso muito sorridente.
Primeiro a falar ao microfone, Jaime Faria vincou que é com um sabor muito positivo que conclui a semana: “Foi uma semana quase perfeita, acho que estivemos muito bem. Estou muito orgulhoso do que fizemos aqui, faltou um pormenor ou outro. O primeiro set calhou mais para nós nos momentos importantes, no segundo tivemos mais uma oportunidade mas caiu para o lado deles. Jogaram com mais convicção, mais determinados, e tiveram mérito no match tie-break.”
Também Henrique Rocha ratificou as palavras do parceiro e frisou que tudo se decidiu em pequenos pormenores que acabaram por fazer a diferença: “O primeiro set caiu para nós mas poderia ter caído para eles, no segundo set caiu para eles mas também poderia ter caído para nós, mas estamos muito contentes pela prestação e certamente vamos ganhar alguns títulos juntos.”
E adiantou, ainda, que é o passado vivido perto um do outro que lhes permite alcançar a fluidez que se contempla dentro de court: “Já jogámos algumas vezes, ganhámos os nossos primeiros pontos de pares juntos na Beloura, jogámos alguns pares nos juniores também. Sempre fomos grandes amigos e já vivemos juntos há quatro anos, e sentimos uma química, tudo flui sozinho. Sabemos muito bem o que é cada um sente, e isso é muito importante no par.”
Faria complementou o discurso ao sobressaltar a importância da afinidade que o par sente: “Quando estamos bem conectados temos um bom feeling, vamos jogar imensas vezes e é especial jogar com ele. É um dos meus melhores amigos, estamos muito entrosados. Ter o melhor resultado da carreira em pares ao lado do Henrique é especial, mas queremos mais, este é só o segundo torneio que jogamos a este nível. Queremos mais torneios como este, e queremos ganhar estes torneios.”
Já em tom de brincadeira, Jaime Faria fez especial menção tanto a Nuno Borges e Francisco Cabral, como às irmãs Francisca Jorge e Matilde Jorge — duas duplas que têm vindo a alcançar resultados significativos nos circuitos: “Já dissemos ao Nuno e ao Francisco que a nossa maior inspiração são sempre as irmãs Jorge (risos). Eles já ganharam este torneio e têm muito boa química a jogar, são o nosso par na Davis”, acrescentando ainda Henrique Rocha: “Sermos comparados a eles é fantástico, mas traz alguma responsabilidade.”