Frederico Silva ansioso por Roland-Garros: “Pode ser o que falta para o meu momento virar”

OEIRAS — Frederico Silva (215.º) seguiu o mesmo caminho do compatriota Pedro Sousa e despediu-se esta terça-feira da variante de singulares do Oeiras Open com uma derrota na primeira ronda. O jogador de Caldas da Rainha não soube colocar o travão na fase invicta de Aleksandar Vukic (127.º), australiano que no domingo passado havia conquistado um título Challenger na Coreia do Sul.

“Sabia que ia ser um jogo difícil, ele vinha de um bom momento de forma. Ele vinha de longe, a preparação dele para este torneio não tinha sido a mais indicada, mas tentei focar-me mais no meu plano de jogo e tentar não estar dependente do que ele conseguisse fazer”, começou por sublinhar o número três português na conferência de imprensa subsequente à derrota por 7-6 (3) e 6-3.

As oportunidades de break foram nulas e foi o momento-chave do primeiro parcial que acabou por fazer a diferença no desenrolar do encontro: “O jogo estava a ser muito equilibrado, já sabia que não ia ser fácil fazer quebras de serviço. Era provável que o jogo pudesse ir a tie-break, ele estava preparado para isso, e no segundo set tentei focar-me em continuar a fazer o meu jogo e esperar pela minha oportunidade para fazer o break, que acreditei que seria possível.”

O caldense adiantou que o desafio passa por transportar o nível dos treinos para os encontros, embora saliente que não se tem deparado com tarefas acessíveis: “Não tenho tido jogos muito fáceis, mas sinto que tenho feito coisas muito boas nos treinos. Nos jogos tenho algumas oscilações, mas tenho confiança de que pode ser uma questão de mais semana, menos semana, para virar o eixo a esta fase menos boa.”

Apesar do desaire, o dia amanheceu com uma boa notícia — a confirmação de regresso à fase de qualificação de Roland-Garros, onde fará na próxima semana a terceira aparição: “Quando saiu a lista inicial estava três lugares fora, sabia que era praticamente impossível não entrar mas é sempre bom quando recebemos a notícia. É mais uma participação que vou fazer lá, vou tentar recuperar para preparar da melhor forma. Às vezes é nestes torneios que pode dar o clique, têm um peso diferente e há uma motivação diferente, pode ser isso que me está a faltar para o meu momento de forma virar.”

A dias de se tornar o novo número dois português através da queda agendada de João Sousa no ranking, Frederico Silva admitiu: “Se calhar há dois ou três anos significava que estava no top 100, neste momento estamos todos a atravessar uma fase difícil, tirando o Nuno. Acontece a todos os atletas e estamos a ter resultados um bocadinho aquém do que estamos habituados, mas tenho a certeza que tanto eu como o João vamos continuar a lutar para voltar ao nosso nível.”

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