OEIRAS – Anett Kontaveit explodiu em 2021, ano em que arrecadou quatro títulos a partir do verão, chegou ao sprint ao WTA Finals – no qual só cedeu na final – e terminou como recordista de triunfos. 2022 não foi tão fulguroso, mas ainda assim em Setembro era número dois mundial e terminou a temporada no top 20, apesar de algumas limitações físicas. 2023 para já está a ser para esquecer, pois a somar às somente duas vitórias foi forçada a parar devido a um problema degenerativo na zona lombar. Está agora no Jamor ao serviço da seleção da Estónia não só para cumprir os objetivos coletivos como para voltar a estar na rota do sucesso.
A paragem deu-se após o torneio de Abu Dhabi na infância de Fevereiro. As dores eram muitas, os resultados escassos, pelo que a ausência na restante gíria do Médio Oriente e nos torneios de Indian Wells e Miami era inevitável. “Esta semana é uma espécie de teste para mim porque não competia há alguns meses. Para já está tudo bem, não tenho sentido as minhas costas nos meus encontros. Estou muito feliz com isso”, afirmou em conferência de imprensa no Complexo de Ténis do Jamor após o segundo triunfo convincente da semana, cedendo apenas cinco jogos no total.
Na “semana ideal para recomeçar” – o foco está no coletivo e não somente nela e tem encontros agendados todos os dias, a maioria de níveis competitivos inferiores ao habitual -, a tenista de 27 anos, atual 69.ª da hierarquia feminina, espera entrar de novo na ribalta. “Tenho tido vários problemas no último ano, até Covid-19 apanhei. Sei que caí no ranking, mas sei do meu nível e sei que se jogar bem tenho chance contra todas as jogadoras do mundo. Acredito muito no meu jogo. Mas agora o objetivo principal é estar saudável”.
Em Portugal pela segunda vez – jogou o Maia Jovem aos 14 anos -, Anett Kontaveit sente que esta é “a primeira” pela escassa memória dessa altura e para já não tem nada a apontar. “Está a ser uma semana divertida. Adoro competições de equipa e representar a Estónia. Estou a adorar o tempo aqui em Portugal e o clube é bonito. Ainda não vi muito da cidade devido aos encontros diários, mas quando terminar espero ter tempo para descobrir a cidade”.
Mesmo com a ausência de Kaia Kanepi, número um da Estónia que já foi top 15 e venceu o antigo Estoril Open disputado neste Complexo de Ténis do Jamor, a mais cotada curricularmente (seis títulos WTA em 17 finais, nas quais além do ‘masters’ se incluem duas finais WTA 1000) assume o objetivo da promoção ao Grupo I – com dois dias de provas concluídos a Estónia partilha a liderança da Pool B com a Lituânia e a Geórgia.
No entanto, pensando ainda mais a longo prazo, o sucesso de uma competição coletiva e de duas tenistas de elite pode “inspirar as crianças” do seu país. “Espero que o ténis fique cada vez mais popular na Estónia. É uma desporto magnífico e a escolha perfeita dos pais para os suas filhos. Talvez esteja a ser tendenciosa, mas é a minha opinião! [risos]“.
Com uma agenda cuidadosamente planeada para gerir as suas costas da melhor forma, sem sobrecarregar, “até porque já não tenho 20 anos [risos]“, Anett Kontaveit não vai competir no fortíssimo WTA 500 de Estugarda na próxima semana. Pela facilidade de acesso, por se disputar exatamente no mesmo local, e para continuarmos a desfrutar do jogo de uma tenista de elite, achámos que seria uma boa ideia convidá-la para o ITF de 100.000 dólares que se inicia domingo. “Obrigado, mas vou recusar”, disse, entre gargalhadas.
Kontaveit vai manter-se, ainda assim, por cá nos próximos dias – pelo menos até sexta-feira, com boas possibilidades de ser até sábado caso dispute o playoff de promoção.