ESTORIL — Chegou esta terça-feira ao fim a estreia absoluta de Henrique Rocha (596.º) no principal patamar do circuito mundial. Um dos contemplados com convite para o qualifying, viveu um fim de semana em cheio com o inédito apuramento para o quadro principal, onde ainda dificultou a missão de Bernabe Zapata Miralles (43.º) mas acabou por não resistir ao primeiro encontro frente a membros do top 50 (4-6 e 2-6).
Numa primeira abordagem à derrota que marca o fim de linha numa campanha em que se deu a conhecer ao grande público, o maiato elencou as principais debilidades que travaram a possibilidade de conhecer um outro desfecho mais positivo no Court Cascais, sobretudo depois de um arranque mais balanceado:
“Acho que foi um primeiro set com muitos jogos em vantagens, principalmente ali no início. Foi bastante tremido para os dois lados, senti que o facto de ele não me conhecer muito bem deu-me alguma vantagem para conseguir fugir no resultado e tive alguns pontos de break que não consegui aproveitar. Ele serviu melhor e conseguiu aguentar sempre, mas não foi um jogo muito desequilibrado e de fundo de court acho que estava 50-50 e nos momentos decisivos foi mais sólido.”
Garantiu que sai de prova de cabeça erguida, ainda que um sabor amargo esteja presente (para já) antes do regresso a realidades mais modestas: “Fico sempre muito chateado com as derrotas, mas fiz dois bons jogos no qualifying. Hoje também foi bom, apesar de não ter sido bem conseguido nos momentos importantes. Foi um balanço positivo do meu primeiro Millennium Estoril Open.”
“A experiência de estar a jogar em casa com todo este público é incrível e quero agradecer a todas as pessoas que estiveram presentes. Puxaram sempre por mim em alguns momentos em que me senti a ir abaixo. É uma boa primeira experiência em grandes palcos, mas espero algum dia jogar em palcos ainda maiores. Tenho de estar focado em melhorar o meu nível para estar pronto para qualquer batalha”, frisou o português que está a dois dias de cumprir o seu 19.º aniversário.
