ESTORIL — Fabio Fognini (97.º) iniciou em grande plano a estreia absoluta no Millennium Estoril Open e precisou de menos de uma hora para assinar uma vitória autoritária diante do compatriota Alessandro Giannessi (224.º), por 6-2 e 6-1. Eliminada uma série de quatro derrotas consecutivas, o carismático tenista italiano admitiu que o fôlego já não é o mesmo de outrora, numa fase em que tem a continuidade no top 100 ameaçada.
Em declarações prestadas à imprensa logo após o triunfo autoritário que encerrou a programação no Estádio Millennium, analisou: “Senti-me muito bem, preciso de jogar e ganhar mais encontros porque o meu ranking está na m****. Estou contente, estava um pouco cansado mas da minha parte correu tudo bem e vou poder jogar mais um encontro aqui no Estoril.”
Numa fase mais adiantada da carreira que no passado o elevou ao top 10, Fognini ressaltou que aquilo que mais lhe preocupa é a forma como se apresenta dentro de campo: “Tenho de estar preocupado com o meu jogo. Preciso de jogar bem, mas tenho 36 anos e não preciso de demonstrar mais nada a ninguém. Estou feliz com a minha exibição e vai ser um desafio muito duro contra outro companheiro.”
“Está a ser um momento muito duro, provavelmente o pior da minha carreira. Já tive altos e baixos, mas solucionei-os a tempo e em 2019 quando ganhei em Monte Carlo estava numa fase parecida. Para ser sincero, é complicado porque muitas coisas mudaram e já tenho 36 anos e sinto menos motivação. Faz parte de um ciclo que há que aceitar”, dialogou o experiente jogador italiano.
Ainda que a posição na tabela não seja a mais desejada, o jogador de Sanremo acredita que o nível ainda existe: “O ranking está muito mal, mas posso ganhar a qualquer um se me sentir bem e o único que quero é ganhar encontros.”
