Novak Djokovic voltou a traçar uma exibição muito produtiva e os parciais de 7-5, 6-2 e 6-1 aplicados a Tommy Paul não só lhe prolongaram o percurso autoritário em Melbourne Park, como o conduziram à décima final da carreira naquele palco. O campeoníssimo sérvio quer manter a invencibilidade no dia das decisões do primeiro Major da temporada e garante que só o décimo título de campeão poderá satisfazer as suas ambições.
Depois de ter alcançado a primeira final – e título – do Australian Open em 2008, Djokovic tem vindo a trilhar um registo hegemónico no “Happy Slam” e garantiu que a realidade extrapolou o sonho: “Tenho grandes memórias de há quinze anos, mas nessa altura nunca imaginaria que viesse a conseguir tudo o que consegui. Estou muito grato por todos os momentos que passei aqui.”
“O meu nível está ótimo, tudo perfeito. Sinto-me a 110%”, começou por assegurar o jogador de Belgrado em antevisão ao sétimo e derradeiro teste da quinzena. “Já não me sinto tão fresco como no início, mas dediquei muita da minha pré-época para estar nas melhores condições em encontros de cinco sets.”
Só Stefanos Tsitsipas poderá colocar travão à caminhada irrepreensível do jogador dos Balcãs, numa batalha com duplo prémio – o título de campeão e consequente tomada da liderança do ranking. “Derrotei-o em Paris, por isso as minhas memórias são bem positivas. Estava a perder por dois sets e acabou por ser a primeira vez que recuperei de uma desvantagem dessas numa final do Grand Slam. Foi uma batalha física, mental e emocional”, recordou Novak Djokovic, em alusão ao título de Roland-Garros somado em 2021 após recuperar de um fosso de dois parciais na final com o ateniense.
“Stefanos evoluiu imenso desde aí e é um dos jogadores mais interessantes do circuito, sobretudo com o seu penteado”, brincou o recordista da prova nas declarações prestadas ainda em court.
