A Federação Internacional de Ténis (ITF) prepara-se para dar início a uma ação judicial contra a Kosmos, empresa detida pelo ex-futebolista Gerard Piqué, na sequência do final repentino do acordo de 25 anos para a reformulação da Taça Davis.
De acordo com o jornal catalão Sport, o órgão que tutela o ténis mundial pretende ser indeminizado por considerar que existiu uma violação unilateral do contrato que as duas partes anunciaram em 2018.
O acordo multimilionário entre a ITF e a Kosmos pressupunha um investimento de 3 mil milhões de dólares por parte da empresa detida por Piqué na Taça Davis e incluía um pagamento anual de 40 milhões de dólares à ITF, bem como um total de 10 milhões de dólares às equipas participantes.
Terá sido após uma tentativa falhada de negociação da redução desse montante que a empresa, detida pelo ex-futebolista do Barcelona, optou por abandonar o barco. E foi essa decisão que levou os responsáveis da ITF, liderada pelo norte-americano David Haggerty, a optarem pela ida a tribunal.
O anúncio da rutura entre as duas partes foi feito a menos de um mês da primeira fase da competição, que contará com a participação de Portugal (a 4 e 5 de fevereiro na Maia, contra a República Checa) e que poderá, aliás, ser histórica para a equipa das quinas, que procurará o primeiro apuramento da sua história para a fase final da competição.
No comunicado, a ITF garantiu ter reunidas as condições para levar a cabo a edição de 2023 tal como previsto. Ou seja, com as Davis Cup Qualifiers já em fevereiro e as Davis Cup Finals divididas entre setembro (fase de grupos) e novembro (com os quartos de final, meias-finais e final numa só cidade). No entanto, espera-se que a rutura com a Kosmos leve a algumas reformulações do formato a partir de 2024.