Um ano depois de ter estabelecido um novo recorde masculino de títulos em torneios do Grand Slam, Rafael Nadal despediu-se do Australian Open com uma sensação totalmente diferente ao ser eliminado num encontro da segunda ronda marcado por uma lesão na anca. No final, em conferência de imprensa, o espanhol não escondeu a frustração com o novo percalço.
“Não posso de maneira nenhuma queixar-me da minha vida. Mas em termos de lesões e de momentos difíceis a conversa é outra. E não vou dizer que não estou mentalmente destruído porque isso seria mentir”, admitiu o tenista maiorquino na conferência de imprensa que se seguiu à derrota para o norte-americano Mackenzie McDonald por 6-4, 6-4 e 7-5.
“Não sei se é uma lesão muscular, se é nos ligamentos. Tenho um historial de problemas na anca e recentemente também senti uma lesão, mas nada como hoje. Neste momento é difícil fazer uma avaliação e só saberei mais depois dos testes”, detalhou Nadal.
O campeão de 2022 também explicou a razão pela qual não abdicou do encontro: “Não conseguia correr e não conseguia bater a esquerda em condições, mas sendo o campeão em título não queria sair do court com uma desistência. É melhor acabar assim, com uma derrota. É essa a filosofia do desporto, tentar até ao fim independentemente das hipóteses que tens.” Tentei seguir isso ao longo de toda a minha carreira, mas claro que hoje tentei não agravar.”
Apesar do desgaste devido aos problemas físicos, Nadal terminou a conferência de imprensa a garantir que mantém o desejo de competir: “É mais um passo atrás e nos últimos três torneios do Grand Slam não consegui terminar nenhum em condições. Estou cansado, triste e desiludido, mas tenho de aceitar o que aconteceu. E quero continuar a jogar ténis, não pensem que estou a dizer tudo isto porque quero dar um passo atrás, não é o caso.”