Benjamin Bonzi e Tallon Griekspoor fizeram história no circuito secundário em 2021 e começaram 2023 empenhados em escrever mais uma página dourada nas respetivas carreiras: este sábado, marcaram encontro na final do ATP 250 de Pune, na Índia, que será a primeira para ambos em torneios do circuito principal.
Atualmente no 60.º lugar do ranking, depois de ter sido 44.º em julho, Bonzi igualou durante 2021 o recorde de títulos de singulares (seis) numa só época do ATP Challenger Tour e alcançou no ano seguinte as primeiras meias-finais ao mais alto nível, em Marselha (derrotado por Andrey Rublev) e Maiorca (derrotado por Stefanos Tsitsipas).
Mas o francês, natural de Nimes, nunca tinha conseguido aceder ao encontro do título e quebrou esse enguiço no decorrer desta sexta-feira, com uma vitória por 7-6(5), 6-7(5) e 6-1 sobre Botic Van De Zandschulp (35.º), o segundo cabeça de série.
Se Bonzi fez história nesse ano de 2021 ao igualar o registo de Younes El Aynaoui (1998), Juan Ignacio Chela (2001) e Facundo Bagnis (2016), Griekspoor superou-a: o jogador dos Países Baixos acrescentou mais dois títulos ao seu total e fechou a época com oito troféus de campeão, mas apesar de ter inscrito o nome no top 50 mundial — o máximo de carreira é o mesmo do francês, o 44.º lugar em agosto — nunca conseguiu replicar esse sucesso em torneios ATP.
Até que esta semana, no torneio que elegeu para começar o ano, a sua vez chegou. Número 95 mundial, o neerlandês superou o russo Aslan Karatsev em duas partidas, por 7-6(4) e 6-1, para cumprir um sonho de criança, como afirmou no final.
Mas a missão ainda não terminou nem para um, nem para o outro. Depois do sucesso tremendo no ATP Challenger Tour, Benjamin Bonzi e Tallon Griekspoor querem aproveitar uma oportunidade que pode ser única para deixarem a sua marca ao mais alto nível. O que conseguir vencer entrará para a história como o primeiro novo campeão do ano — e sucederá ao português João Sousa na lista de campeões deste ATP 250 de Pune.