OEIRAS – Já sem portugueses em prova, o Indoor Oeiras Open prossegue a todo o gás e arranca esta sexta-feira com a fase decisiva. E se nos singulares a juventude é a nota dominante, bem como alguns jogadores inesperados a agarrar as chances num torneio em vésperas de Australian Open, na variante de pares as quatro duplas favoritas chegam às meias-finais, com Pierre-Hugues Herbert como figura de proa.
Maximilian Neuchrist (sexto) e Raphael Collignon (oitavo) são os únicos cabeças de série nos quartos de final da primeira competição a decorrer em Portugal em 2023. A eles juntam-se três qualifiers e um lucky loser, mas essencialmente muita juventude: Filip Cristian Jianu (21 anos, antigo número cinco mundial de juniores), Gabriel Debru (17 anos, ex-líder da hierarquia júnior) e Dino Prizmic (17 anos, atual número oito) dão brilho ao Indoor Oeiras Open e procuram romper no ATP Challenger Tour.
E são mesmo os rookies os maiores destaques. Debru e Prizmic já disputaram uma meia-final em Roland-Garros (prova vencida por Debru, em junho) e estão em rota de colisão para novo duelo na mesma fase, no caso em Portugal. Para tal têm de arrecadar nova vitória e ambos defrontam tenistas emergentes da fase de qualificação.
O francês mede forças com Cem Ilkel, turco que venceu três duelos consecutivos em três sets, o último dos quais frente ao principal favorito ao título, Ricardas Berankis; o croata, que soma 19 triunfos seguidos desde os três títulos ITF no final de 2022, encara Joris De Loore, belga que acabou de eliminar Gonçalo Oliveira e só cedeu o serviço uma vez em quatro sucessos no torneio.
A nova regra criada pelo ATP Challenger Tour de dar uma vaga no quadro aos melhores juniores da época transata (no caso de Prizmic para a fase preliminar) já está a dar frutos. Ambos estão nos primeiros quartos de final da carreira na categoria, os primeiros de muitos certamente, e ambos têm boas chances para continuar o percurso vitorioso na nave dos campos cobertos do Complexo do Ténis do Jamor. O público que se deslocar ao torneio tem oportunidade de ver dois valores que não seria surpresa singrarem ao mais alto nível.
Numa fase totalmente distinta está Pierre-Hugues Herbert. O ranking escorregou para o posto 305.º e no Jamor caiu logo na ronda inaugural em singulares (onde já foi 36.º e somou quatro finais), depois de seis meses de paragem devido a uma lesão no joelho. Mas como muitas vezes aconteceu na carreira continua em competição na variante de pares.
Ao lado compatriota Jonathan Eysseric, Herbet joga o acesso a mais uma final numa vasta carreira onde se destacam os cinco troféus do Grand Slam, as duas Tour Finals ou os sete títulos Masters 1000. Não podemos afirmar ser todos os dias que se pode ver tamanho palmarés bem de perto.
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