OEIRAS — Francisco Cabral teve uma passagem fugaz pelo primeiro torneio da nova temporada, mas a derrota na ronda inaugural do Indoor Oeiras Open não afetou o estado de espírito do português em relação à viagem que se aproxima tendo como destino o outro lado do mundo, para uma inédita participação no Australian Open.
Depois de boas semanas de pré-época com a equipa do Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis, o portuense — que no domingo celebrará o 26.º aniversário — esperava mais da ida a jogo neste torneio do ATP Challenger Tour (perdeu ao lado do compatriota Jaime Faria para os também portugueses Gonçalo Falcão e Fábio Coelho). Mas não deixou que o resultado o desanimasse em demasia e esta quarta-feira, quando chegou à sala de conferências de imprensa, deu a entender que queria colocar o resultado para trás das costas o quanto antes.
A viagem para Melbourne está marcada para segunda-feira. E ao entusiasmo de participar pela primeira vez no “Happy Slam”, de que todos lhe falam bem, junta-se a paciência de quem sabe que nada tem a fazer nos próximos dias em relação àquele que é o assunto de primeira ordem desde meados de novembro: precisa de arranjar um parceiro a tempo inteiro que lhe permita elaborar um calendário ao mais alto nível.
Mas isso só acontecerá após as primeiras separações, habitualmente na ressaca do Australian Open ou dos torneios que se seguem um pouco por todo o mundo, numa fase em que Francisco Cabral já deverá estar com o chip virado para a Maia, onde no início de fevereiro Portugal joga uma importantíssima eliminatória da Taça Davis com a República Checa — se vencer, a equipa das quinas ficará apurada para a fase final da competição pela primeira vez na história.
E o objetivo de Cabral é conseguir jogar com esse parceiro-por-encontrar a Golden Swing de torneios ATP na América do Sul, já em terra batida.
