Indoor Oeiras Open: o que disseram os protagonistas portugueses do qualifying

Sara Falcão/FPT

OEIRAS – Não correu bem a estreia dos portugueses no Indoor Oeiras Open. Francisco Rocha, Henrique Rocha, Fábio Coelho e Pedro Araújo, todos galardoados com convites da Federação Portuguesa de Ténis para a prova, cederam na fase de qualificação. Todos passaram pela sala de conferências de imprensa do Complexo Municipal de Ténis do Estádio Nacional para a resenha dos embates e para uma antevisão da temporada que se iniciou.

O primeiro a ir a jogo foi Francisco Rocha. Em vésperas de arrancar para os Estados Unidos da América para completar a licenciatura em Economia na Middle Tennessee State University, o vice-campeão absoluto nestes mesmos courts ficou “chateado” com a saída prematura de um torneio em que tinha “algumas expetativas” por gostar das condições de jogo e porque as “indicações da pré-época eram positivas”, mas viu Mark Lajal “executar melhor” e quando precisou “teve uma mudança acima”, elogiando a direita e o serviço do opositor.

O irmão, Henrique, esteve a um passo da vitória frente ao israelita Edan Leshem. A liderar por 6-0, 3-0 e dois pontos para dupla vantagem no segundo parcial, o mais novo dos Rocha não concretizou a excelente dianteira e perdeu em três sets. “Quando ele fez o 3-1 senti que alguma coisa estava a mudar. Habituou-se mais ao meu jogo, aguentou mais a bola, e com a pressão que comecei a sentir, também com o facto de ter passado a servir pior, fez com que ele passasse a fazer mais o seu jogo e a ir mais agressivo”. Sem desanimar pela oportunidade desperdiçada, o atual bicampeão nacional de sub 18 aspira a um “bastante bom ano” na estreia a 100% como profissional, com o objetivo de “ganhar alguns ITF e consegui fazer uns bons resultados nos Challengers”, sempre com a “subida de nível” em mente.

“Estava mesmo a sentir que ia ganhar, mas infelizmente não aconteceu”. Fábio Coelho apareceu visivelmente mais desanimado do que nunca para o rescaldo do embate frente ao alemão Sebastian Fanselow, que vive em Portugal há alguns anos e somou a quarta vitória em outros tantos duelos frente ao oliveirense. E as “elevadas expetativas” tinham razão de ser: Coelho só por duas vezes tinha perdidos nos courts cobertos do Complexo de Ténis do Jamor e sente que aí o seu ténis sai beneficiado, tendo arrecadado no final de 2022 o título Nacional Absoluto e o Nacional por Equipas no mesmo palco. Surpreendido com a qualidade do serviço do adversário, Coelho sublinhou a capacidade de Fanselow ser “mais decisivo” no plano de jogo e nos momentos importantes e enalteceu a nova fase da carreira, sob a alçada do antigo 62.º do ranking ATP Fred Gil, que o acompanhou no encontro, e da sua academia.

Pedro Araújo foi o último a entrar em court. Regressado após quatro meses de paragem devido a uma lesão no joelho direito, o jovem de 20 anos sentiu “muita irregularidade” com a falta de ritmo e longe do nível que estava anteriormente. “Idealmente não seria o melhor torneio para voltar tendo em conta que é uma prova bastante forte, mas é sempre bom ter torneios em casa, tenho treinado aqui bastantes vezes, e é bom voltar a competir, apesar de não ter sido o resultado que queria”, disse após ter cedido face a Cem Ilkel, opositor “sólido e com bom serviço”, por duplo 6-2. “Nunca tive nenhum problema físico na minha carreira, não foi fácil estar parado, mas agora as lesões ficaram para trás e espero não ter mais complicações brevemente”.

Apesar das derrotas dos quatro jovens lusos no qualifying, Portugal permanece com Jaime Faria, João Domingues, Pedro Sousa e Gonçalo Oliveira no quadro principal do primeiro Indoor Oeiras Open, que arranca esta segunda-feira com Faria em ação.

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