Nuno Borges perde duelo resolvido no limite nas meias-finais do Maia Open

Sara Falcão/FPT

MAIA – O maiato Nuno Borges (93.º do ranking ATP) não conseguiu repetir o acesso ao encontro decisivo do ‘seu’ Maia Open, cedendo frente ao austríaco Maximilian Neuchrist (359.º) por 5-7, 6-3 e 7-6(1) em 2h48 nas meias-finais da prova.

Favorito para o encontro e para o título do Maia Open, Nuno Borges parecia encaminhado para regressar à final do torneio da sua cidade, sobretudo depois de ter salvo dois set points no parcial inaugural para vencer os últimos cinco jogos do set.

Só que uma entrada em falso no segundo set – provavelmente a acusar o desgaste da recuperação anterior – levou tudo para o parcial decisivo, ainda que no sétimo jogo quase tenha surgido um déjà vu do set anterior quando o número dois nacional dispôs de um break point para encetar nova recuperação.

Chegados ao terceiro e decisivo parcial, Nuno Borges esteve sempre na frente por servir em primeiro lugar, mas Maximilian Neuchrist lidou constantemente bem com a pressão do marcador, salvando as três chances do português para quebrar o ‘saque’ e cedendo apenas um ponto nas duas ocasiões que serviu para não perder o duelo.

O tie-break final acabou por não correr nada bem ao tenista da casa ao cometer cinco erros não forçados (o primeiro deles uma dupla falta, no ponto inaugural), em contraste com a racionalidade e assertividade do austríaco, agressivo durante todo o encontro, a servir a bom nível, corajoso e com uma capacidade defensiva (muitas esquerdas em slice para permanecer no ponto) pouco conhecida nele.

Nuno Borges – que apareceu neste torneio e, sobretudo, neste embate excessivamente nervoso e impaciente – não conseguiu, assim, repetir a final da segunda prova de há um ano nem atingir a sexta final no ATP Challenger Tour. Ainda assim despede-se da variante de singulares (pois daqui a pouco joga a final de pares com Francisco Cabral) do Maia Open com o principal objetivo no bolso: o apuramento direto para o Australian Open, depois de uma temporada onde atingiu duas finais a este nível (um título, mais a conquista em pares de quatro troféus, com a possibilidade de um quinto, entre os quais o Millennium Estoril Open) e vários marcos importantes para a sua carreira.

Quanto a Maximilian Neuchrist, o dia é o mais especial da carreira. A vitória sobre Borges – deitando para trás das costas o natural desgaste físico e mental que terá devido ao facto de vir da fase de qualificação e de ter disputado anteriormente três duelos maratona – faz com que o tenista de 31 anos atinja pela primeira vez na carreira uma final no ATP Challenger Tour.

Neuchrist vai em busca do sétimo triunfo da semana neste domingo, na estreia em decisões a este nível, ou frente ao jovem francês Luca Van Assche ou face ao australiano, quinto cabeça de série, Aleksandar Vukic, que estão neste momento a disputar a segunda meia-final da competição.

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