Em 2009, quando venceu o Australian Open pela primeira vez, Rafael Nadal estava longe de imaginar que os meses que se seguiriam seriam dos piores da sua carreira.
A vitória no primeiro torneio do Grand Slam da temporada (derrotou Fernando Verdasco numa das meias-finais mais emocionantes dos últimos anos e Roger Federer no derradeiro encontro) parecia embalá-lo para uma temporada de sonho, mas o pior estava para vir…
Depois de quatro títulos em quatro edições em Roland Garros, perdeu pela primeira vez em Paris, para o sueco Robin Soderling, nos oitavos-de-final, mas o pior estava para vir: problemas nos joelhos forçaram-no a desistir de Wimbledon, onde defendia o título, acabando por perder – semanas depois – o segundo lugar do ranking para Andy Murray.
Voltou a tempo de participar na maior parte dos torneios de piso rápido norte-americanos, numa altura em que muitos o consideravam acabado em relação aos grandes títulos. Del Potro venceu o US Open, Federer o Australian Open de 2010 e… Nadal voltou em Roland Garros, onde conquistou o segundo título. Os meses seguintes foram de ouro: venceu Wimbledon e o US Open, completando o Grand Slam de carreira e deitando abaixo os grandes críticos.
Os tempos seguintes não foram de menor sucesso mas, este ano, voltou a ser surpreendido. Desta feita em Wimbledon, num ano em que já havia disputado uma final de seis horas com Novak Djokovic e ganho a final de Roland Garros ao sérvio (numa espécie de desforra…); Lukas Rosol, na altura 100º classificado ATP, foi o protagonista, ao derrotar o tenista maiorquino em cinco sets na segunda ronda. Tendinites no joelho forçaram-no a desistir dos Jogos Olímpicos, onde defendia o ouro olímpico, e mais tarde de toda a temporada norte-americana, incluindo do US Open (onde, há um ano, foi vice-campeão).
Rafael Nadal mostrou, em 2009, ser um verdadeiro lutador e, mais que isso, um campeão, mas conseguirá repetir a façanha e voltar aos grandes títulos depois de uma segunda longa ausência devido a lesão?