Com champanhe à mistura, helvéticas rejubilam: “Significa muito, é um privilégio jogar pelo nosso país”

GLASGOW — Com as bancadas já despejadas do público que há minutos aplaudia a conquista e o court a ser velozmente desmontado para deixar a Emirates Arena despida, a comitiva suíça chegou à sala de conferências de imprensa em tom de festa depois de ter vivido uma semana épica que a tornou campeã da Billie Jean King Cup. Ao discurso das campeãs não falhou o troféu e também o álcool esteve presente na mesa.

Maior figura helvética, Belinda Bencic fez um discurso alegre onde enalteceu a importância que teve para a sua carreira esta campanha em que não esteve sozinha: “Tenho de passar a jogar apenas em equipa e nunca mais jogar singulares novamente. O próximo torneio é a United Cup, o que é excelente. Vamos voltar a vestir vermelho e branco novamente e tentar jogar bom ténis. Sinto que não joguei para mim aqui, lutei pela equipa e por toda a Suíça, pelo nosso país. É um sonho de criança que foi concretizado.”

“Trabalhei muito para isto e estou muito feliz com este troféu. Significa muito para nós, é um privilégio jogarmos pelo nosso país”, prosseguiu a número 12 mundial, que traçou uma exibição muito convincente frente a Ajla Tomljanovic – a quem aplicou os claros 6-2 e 6-1 – no momento de maior pressão da contenda.

A outra estrela deste domingo, Jil Teichmann, corroborou o discurso da colega e confessou que as cores nacionais lhe dão um motor adicional: “Estou muito satisfeito com o contributo da minha equipa, estivemos em todo o lado e sempre a ajudarmo-nos uns aos outros, jogando ponto a ponto e bola a bola. Como disse Belinda, sentimos uma percentagem extra de energia e motivação quando formamos uma equipa porque não se trata apenas de nós. Não é só sobre mim, é sobre nós e sobre o país. E isso torna tudo especial”

Bencic, que na temporada passada alcançou o ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio, junta a conquista em Glasgow ao grupo das suas maiores memórias enquanto representante da Suíça: “Ouvir o hino nacional e ver a bandeira suíça é algo muito importante para mim. Isso faz-me fazer o meu melhor possível e traz-me algo que talvez não tenha nos outros torneios. Depois dos Jogos Olímpicos, isto é algo muito grande para mim.”

Questionada sobre a celebração feita a par com Teichmann, com quem recriou um icónico momento de Roger Federer e Stan Wawrinka após conquistarem os pares nos Jogos Olímpicos de Seul, em 2008, desvenda: “Foi algo que aconteceu no momento, porque é algo tão irónico pelo menos para nós na Suíça. Vemos isso em todo o lado e é fantástico, eles são as nossas inspirações. Fico feliz por termos a mesma imagem mas agora no lado feminino.”

Não podendo ter pedido mais das suas pupilas, também ao discurso do capitão Heinz Guenthardt não faltaram elogios: “É um sentimento doce, trabalhámos por isto durante muito tempo e não apenas esta semana. Costumamos sentir-nos como um Fed Express a tentar chegar à última estação, que é o título. Costumávamos parar nas meias-finais ou até antes, mas no ano passado fomos à final. Foi difícil chegarmos aqui, mas quando se conquista um título destes percebemos quão doce é.”

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