GLASGOW — A derrota na final da edição transata frente à Rússia ficou atravessada e com a ambição de mais a Suíça apresentou-se em solo britânico como uma das seleções com melhores argumentos para ser feliz. Com a presença discreta de Judy Murray nas bancadas, um novo passo de gigante foi este sábado dado e frente à segunda maior recordista, a República Checa, as helvéticas depressa encontraram o caminho para a vitória. Repetem presença no derradeiro dia das Billie Jean King Cup Finals e à terceira ocasião procuram um final mais sorridente.
‘Sem espinhas’, Victorija Golubic (77.ª) voltou a não desiludir e deu o primeiro contributo para o lado suíço com uma exibição muito sólida perante Karolina Muchova (149.ª). Sem perder muito tempo, a natural de Zurique manteve-se sempre por cima do resultado e colocou a Suíça em vantagem através dos contundentes 6-4 e 6-4, fixados em pouco mais de uma hora.
Karolina Pliskova (32.ª) voltou a ser incapaz de se reencontrar com o seu melhor ténis e não foi a terceira oportunidade em Glasgow que a reencontrou com as vitórias. A antiga número um do ranking mundial pode até ter vencido no capítulo de ases conquistados, mas foi Belinda Bencic (12.ª) a celebrar o feito mais importante. Depois de se ter deixado apanhar e de até ter salvado um set point, a mais bem cotada resistiu à checa em crescendo e evitou novos trabalhos ao afirmar-se por 6-2 e 7-6 (6).
As helvéticas estão mais perto do que nunca de apagar os fantasmas do passado: primeiro frente à Espanha em 1998; há um ano tendo como ‘carrasca’ a Rússia. A terceira presença da Suíça no dia de atribuição do título da competição mundial de seleções que celebra 59 anos pode traduzir-se numa nova estreante dentro do registo de campeãs. Mas a última missão em Glasgow está longe de se adivinhar acessível, pois medem forças com a sensação Austrália, encarregue de afastar o sonho de um regresso britânico às conquistas.