Victoria Jimenez é a nova campeã do Loulé Ladies Open

LOULÉ — A andorrenha Victoria Jimenez Kasintseva (número 152 do ranking WTA) sagrou-se, este domingo, campeã de singulares da segunda edição do Loulé Ladies Open, torneio internacional de 25.000 dólares que o Clube de Ténis de Loulé organizou com os apoios da Câmara Municipal de Loulé e da Federação Portuguesa de Ténis.

Primeira cabeça de série, a jovem tenista de apenas 17 anos ultrapassou uma jornada dupla pelo segundo dia consecutivo. Desta vez, começou por vencer a turca Cagla Buyukakcay (número 342 mundial) nas meias-finais (6-0 e 6-2 em 1h20) e depois triunfou perante a ucraniana Katarina Zavatska (322.ª) na grande final, por 6-1 e 6-4 após 1h33.

Aos 17 anos, Victoria Jimenez é considerada uma das maiores promessas do ténis mundial. Filha de pai andorrense (ex-tenista profissional) e mãe russa, foi campeã do Australian Open de juniores em 2020, quando ainda só tinha 14 anos, e logo a seguir número um mundial do escalão. Este ano, venceu o Campeonato da Europa de juniores, mas já aposta no profissionalismo a tempo inteiro e, se chegou a Loulé perto da melhor classificação da carreira (foi 147.ª no início do mês), sairá do torneio com pontos suficientes para a superar dentro de uma semana.

Para além do ténis possante, que já se destaca desde a linha de fundo mesmo perante adversárias experientes e que já fizeram parte do top 100 mundial, a frescura física foi fundamental para Jimenez conseguir fechar com chave de ouro a participação neste ITF algarvio. Porque, apesar de também ter disputado dois jogos na jornada de sábado, a jovem andorrenha — que, a título de curiosidade, é fluente em cinco línguas (espanhol, catalão, inglês, francês e russo) — entrou muito mais fresca quer na meia-final com Buyukakcay (uma ex-top 60), quer na final com Zavatska (número 103 antes da pandemia), que tinha ganho os dois encontros anteriores entre ambas.

“Desde a segunda ronda joguei o torneio em dois dias, sábado e domingo (risos). Foi muito difícil, sobretudo no dia de ontem porque tive dois encontros muito complicados em três sets e parámos muito tempo por causa da chuva, mas temos de conseguir jogar em todas as condições e estou muito orgulhosa da forma como consegui competir e aguentar-me. Foi muito complicado mentalmente”, reconheceu a ainda adolescente já de troféu nas mãos.

Com cinco torneios pela frente antes de dar por terminada a temporada, Victoria Jimenez não escondeu o objetivo de acabar 2022 entre as 100 melhores jogadoras do mundo: “Quero tentar acabar no top 100, porque tenho o objetivo de jogar o quadro principal de um torneio do Grand Slam no próximo ano e os melhores torneios possíveis.”

Um pouco antes, a segunda edição do Loulé Ladies Open também coroou campeãs portuguesas: as irmãs Francisca Jorge e Matilde Jorge confirmaram o estatuto de primeiras cabeças de série e conquistaram o título de pares — o sétimo da época enquanto parceiras.

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