Marco Cecchinato não hesita: “Quero voltar ao top 100 e essa é a minha motivação”

Beatriz Ruivo/Federação Portuguesa de Ténis

LISBOA – Figurou no 16.º posto do ranking ATP, tem três títulos no ATP em cinco finais disputadas e conseguiu a proeza de bater Novak Djokovic a caminho das meias-finais de Roland-Garros de 2018. Marco Cecchinato tem já um currículo bastante assinalável, mas entretanto um início de 2022 com 11 derrotas consecutivas e dores no cotovelo direito atiraram-no para fora dos 100 primeiros da hierarquia, onde andou cerca de quatro anos. Com uma esquerda a uma mão afinada como nos tempos áureos, o palermitano ultrapassou toda a concorrência no Club Internacional de Foot-Ball para regressar aos triunfos e aproximar-se da elite que sente pertencer.

“Estou muito feliz pelo título, depois de muito tempo sem ganhar. Foi importante para mim porque tem sido um ano duro. Comecei o ano com uma lesão e uma paragem três meses e foi duro. Esta semana joguei muito bom ténis, não perdi nenhum set, e estou feliz porque me senti bem em court desde a primeira ronda”, começou por analisar o antigo top 20 mundial, que não se mostrou surpreendido com o nível atingido no CIF.

Caído para fora do top 100 mundial devido à não defesa dos pontos relativos à final de Parma em 2021 e da terceira ronda de Roland-Garros, Marco Cecchinato admite que “não é fácil ter motivação” para competir no circuito secundário. “O Challenger Tour é muito diferente do ATP pelo dinheiro, pontos, tudo…são dois sítios distintos. Mas quero voltar ao top 100 e essa é a minha motivação”.

“Joguei muitos encontros sem confiança, estou agora a recuperar no ranking e por isso este título é muito importante”, referiu o atual 137.º da hierarquia, mas que deverá saltar para o posto 144 a partir desta segunda-feira.

No torneio lisboeta, o tenista de 29 anos foi acarinhado de forma diferente da maioria dos estrangeiros, condizente com o estatuto que construiu nos últimos anos. “Quando se faz algo de especial como eu fiz, uma meia-final de Roland-Garros, top 20, para o público é bom. Neste torneio também havia o Benoit Paire. Há jogadores diferentes, com jogo bonito, e eu tenho uma esquerda a uma mão que as pessoas por norma gostam”.

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