LISBOA — O italiano Marco Cecchinato sagrou-se, este domingo, campeão do Del Monte Lisboa Belém Open, etapa lisboeta do ATP Challenger Tour que à sexta edição voltou a adicionar um nome de luxo a uma galeria de campeões cada vez mais prestigiante.
Ex-número 16 mundial e semifinalista de Roland-Garros, Cecchinato (atual 137.º classificado no ranking ATP) impôs-se na final ao prodígio Luca Van Assche (289.º) em duas partidas, por 6-3 e 6-3.
A final deste domingo foi o primeiro encontro da história entre os dois jogadores, que chegaram ao Del Monte Lisboa Belém Open em contextos totalmente distintos: Cecchinato (29 anos) à procura do regresso aos bons resultados que lhe permitam voltar a fazer parte da elite do circuito mundial, Van Assche (18 anos) determinado em dar continuidade à rápida ascensão desde que há pouco mais de um ano se sagrou campeão de Roland-Garros júnior e número um mundial de sub 18.
Com a bancada do CIF — Club Internacional de Foot-Ball muito bem composta para este duelo de esquerdas, foi a pancada a uma mão do italiano de Palermo que mais fez a diferença contra a de duas mãos do francês nascido em Woluwe-Saint-Lambert, filho de um pai belga e de uma mãe italiana. Mais possante, Cecchinato não teve pressa e esperou pela ocasião certa (o oitavo jogo, no qual se verificaram os primeiros pontos de break do encontro) para aumentar o nível de pressão sobre o jovem adversário e consumar a primeira quebra de serviço, as pancadas sólidas de Van Assche a serem insuficientes para resistir às variações de profundidade e aberturas de ângulo.
Na frente do marcador e com a experiência do seu lado, o ex-top 20 reuniu todos os ingredientes necessários para construir a vitória, que só não chegou mais cedo porque ao quinto jogo do segundo set, quando teve quatro oportunidades para voltar a quebrar o serviço a Van Assche, foi traído por um par de erros pouco habituais do seu lado esquerdo. Mas uma vez mais a paciência recompensou-o e nos dois jogos de resposta que se seguiram Cecchinato fez o que tinha minutos antes tinha deixado escapar por pouco.
Primeiro de punhos cerrados, depois de braços no ar, Marco Cecchinato celebrou. Dois anos e meio depois do último título (no ATP 250 de Buenos Aires), o italiano voltou a erguer um troféu de campeão — sexto da carreira em 14 finais no ATP Challenger Tour. E assim aproximou-se do grande objetivo para as próximas semanas: um regresso ao top 100 que lhe permita voltar a disputar os torneios do circuito principal. Na segunda-feira, quando o ranking for atualizado, passará do 137.º para o 114.º ou 115.º posto.
