A nona aparição de João Sousa (59.º) no quadro principal do US Open marcou o fim de um jejum de quatro anos sem vencer e consequente 50.ª vitória em torneios do Grand Slam, mas o percurso do número um nacional chegou esta quinta-feira ao fim. Após o triunfo anotado na estreia diante do anfitrião Mackenzie McDonald (77.º), o vimaranense não conseguiu encontrar as armas necessárias para contornar o favoritismo de Cameron Norrie (9.º) e teve o fim de linha ao ceder pelos parciais de 6-4, 6-4 e 7-6 (4).
O nível apresentado por Sousa dificultou a tarefa a Norrie – que esteve à beira de ser forçado a trabalhos extra -, mas veio a mostrar-se insuficiente para alterar o discurso do rumo dos acontecimentos. Dois breaks sofridos e apenas um a seu favor colocaram o luso em segundo plano com a perda do set de abertura.
Mas João Sousa não deu a batalha como perdida e manteve a cabeça erguida: foi quem dispôs de mais oportunidades de break, mas não converteu nenhuma das cinco existentes e Cameron Norrie foi mais eficaz na única janela aberta. O britânico passou para a frente na fase de arranque do segundo parcial e assegurou a manutenção do estreito fosso para dilatar a liderança.
No terceiro e último set da partida, tanto Sousa como Norrie viram-se incapazes de colocar termo ao rumo balanceado. O português voltou a comandar o registo de maiores oportunidades de break e até teve nas mãos uma chance de ouro para vencer o parcial, mas o natural de Joanesburgo negou-lhe os planos e apenas no tira teimas conseguiu voltar a afirmar-se para alcançar o triunfo ao cabo de quase duas horas e meia.
Encerrada a caminhada nos singulares no quarto e último Major da temporada, João Sousa tem ainda caminho em aberto no quadro de pares – atua ao lado do brasileiro Marcelo Demoliner, com quem já ultrapassou o primeiro compromisso. Nessa mesma variante, também Nuno Borges e Francisco Cabral unem forças lado a lado.