Um ano depois de ter feito história ao tornar-se na primeira qualifier a vencer um torneio do Grand Slam, Emma Raducanu teve um regresso curto ao US Open: a tenista britânica foi travada na primeira ronda e falhou a defesa dos 2.040 pontos (outro recorde) conquistados há um ano, pelo que vai deixar o top 80 mundial.
O muito aguardado regresso da tenista de 19 anos a Nova Iorque foi encurtado pela veterana Alizé Cornet. Aos 32 anos, a francesa tornou-se na primeira mulher de sempre a participar em 63 torneios do Grand Slam consecutivos e celebrou a ocasião com um triunfo por 6-3 e 6-3.
Com muita confiança (2022 tem sido o seu melhor ano em torneios do Grand Slam, sobretudo graças às meias-finais no Australian Open, e na última semana jogou as meias-finais em Cleveland) e um jogo variado muito afinado, entre lobs e amorties, Cornet tirou o ritmo a Raducanu e baralhou a número um britânica, que não conseguiu estar à altura da ocasião.
Com o desaire na ronda inaugural, Raducanu vai perder 2.030 pontos no ranking (a entrada direta no quadro principal dá direito a 10). A classificação virtual coloca-a no 80.º posto, mas atrás dela ainda há jogadoras que a podem ultrapassar com vitórias na segunda eliminatória, pelo que o cenário mais provável é que surja fora do top 80 após o torneio.
A queda abrupta na hierarquia significará o regresso aos qualifyings e às primeiras rondas contra favoritas na maior parte dos torneios que disputar nos próximos meses, mas o cenário não a preocupa: “Vou cair bastante no ranking, mas vou voltar a subir tudo de novo e desta vez sem um alvo nas minhas costas. É uma nova oportunidade de percorrer o meu caminho”, explicou em conferência de imprensa.
Quanto a Alizé Cornet, terá pela frente Katerina Siniakova na quinta-feira.