A primeira hora de encontro não foi promissora, mas Andy Murray conseguiu deixá-la para trás e acabou a celebrar de forma relativamente confortável o apuramento para a segunda ronda do US Open, onde há uma década conquistou o primeiro título da carreira em torneios do Grand Slam.
Depois de falhar o objetivo de ser cabeça de série em Nova Iorque, o ex-campeão enfrentou um dos pré-designados menos experientes em piso rápido, o argentino Francisco Cerúndolo (número 27 mundial), e venceu por 7-5, 6-3 e 6-3.
O total de erros não forçados (81, com 49 do argentino e 32 do britânico) explica, em grande parte, as razões pelas quais as 2h41 de encontro nem sempre foram apelativas.
Com vários altos e baixos, o duelo viu Murray desperdiçar uma liderança de 5-3 num primeiro set em que até sofreu a primeira quebra, logo no jogo inaugural, e depois foi a vez do argentino deixar a desejar ao “oferecer” o parcial ao britânico com uma dupla falta. A partir daí, foi o mais experiente dos dois quem esteve sempre na frente, com margem suficiente em ambas as partidas para, apesar de pequenos apagões, segurar a vantagem.
Sem encantar, Andy Murray celebrou, apesar de tudo, a vitória mais tranquila dos últimos seis anos no US Open: desde 2016, quando os problemas na anca ainda não o afetavam (esse foi o ano brilhante em que conseguiu terminar como número um mundial), que não vencia em três sets no torneio do Grand Slam norte-americano.
Apesar de tudo, e muito por causa das condições quentes e húmidas que se fazem sentir em Nova Iorque, este foi tudo menos um encontro simples para o escocês: “Para mim isto pareceu um encontro de cinco sets. Está muito calor, muito húmido e foi muito difícil. Estou feliz por seguir em frente”, revelou, entre sorrisos, ao ser questionado sobre o seu estado físico.
Segue-se ou John Millman ou Emilio Nava.