À nona tentativa, Pedro Sousa conseguiu finalmente celebrar uma vitória nos courts de Flushing Meadows, em Nova Iorque, e após carimbar o apuramento para a segunda ronda do qualifying do US Open fez a análise ao que lhe permitiu deixar pelo caminho um top 100 mundial.
“Antes de mais sinto-me aliviado por finalmente ganhar um jogo aqui. Já tinha vindo cá tantas vezes que sabe bem desfrutar finalmente de uma vitória”, começou por desabafar o tenista português de 34 anos, que tinha perdido os primeiros oito encontros da carreira no US Open e esta quinta-feira venceu o suíço Henri Laaksonen (98.º ATP) por 7-5 e 6-2.
“Ele entrou muito forte, mas a partir do momento em que eu encaixei taticamente no jogo dele e percebi por onde é que devia ir estive praticamente sempre por cima. O primeiro set terminou 7-5, mas fui sempre eu quem cheirou mais o break e no segundo aproveitei logo as oportunidades. Depois consegui manter-me muito sólido no serviço e a chave do encontro esteve aí”, acrescentou o tenista português, que compete no US Open com ranking protegido.
O triunfo sobre o Laaksonen foi o 15.º da carreira frente a um adversário do top 100 mundial, mas primeiro em piso rápido — a superfície na qual o helvético até se dá melhor, um cenário semelhante àquele que lhe permitiu derrotar Jaume Munar (então 68.º) no ATP 250 de Bastad, em Julho.
A forma atual é, por isso, animadora e entre as duas vitórias Pedro Sousa registou outras — mais despercebidas — que o ajudaram a chegar a este palco com confiança: “Em Bastad jogue bastante bem, mas infelizmente tive uma queda no encontro da primeira ronda, lesionei-me e ainda me chateia um bocadinho, mas já estou quase a 100%. Depois fiz uma grande época na Bundesliga [interclubes na Alemanha], onde joguei a número um e ganhei todos os jogos que fiz. Foram bastantes e isso deu-me muita confiança. Sinto-me bem. Sabia que estava a jogar bem, o piso rápido não é a minha melhor superfície, mas já tinha feito um bom encontro no Porto e isso ajudou-me a estar mais à vontade aqui.”