Foi preciso esperar, mas aconteceu: depois de ter brilhado como um adolescente até aos quartos de final de Wimbledon em 2014, Nick Kyrgios repetiu a campanha oito anos depois, ao assinar a quarta vitória consecutiva na relva do All England Club.
Tal como na primeira ronda, frente a Paul Jubb, uma semana depois o australiano foi novamente forçado a cinco partidas, mas voltou a superar o desafio e venceu o norte-americano Brandon Nakashima por 4-6, 6-4, 7-6(2), 3-6 e 6-2.
Foi a sexta vitória do australiano nos seis encontros em que disputou um quinto set em Wimbledon, uma estatística da qual revelou estar a par e ter sido fundamental para o ajudar a recompor-se depois de um final penoso da quarta partida, em que entregou vários pontos ao adversário.
Com dificuldades no ombro direito “devido à carga de encontros do último mês”, Kyrgios foi assistido por diversas vezes e nunca conseguiu distanciar-se totalmente de Nakashima. No entanto, foi sempre ele quem teve mais facilidades em destacar-se no marcador marcado por trocas de bolas bem mais curtas do que o anterior, contra Stefanos Tsitsipas, que apesar de ter contado com menos um parcial ficou concluído sensivelmente no mesmo tempo (3h17).
As quatro vitórias de Nick Kyrgios em Wimbledon são o limite do jogador de Camberra em torneios do Grand Slam, a par das campanhas neste mesmo torneio em 2014 e no Australian Open em 2015. Para ir um passo mais longe e inscrever pela primeira vez o nome em meias-finais, terá de passar por mais um adversário contra o qual será favorito: Cristian Garin, chileno que salvou dois match points a caminho de uma vitória épica contra Alex de Minaur no tie-break da quinta partida.