Tim Van Rijthoven (104.º) figurava há meras três semanas fora do top 200 mundial e há cerca de um ano sagrava-se vencedor de pares do Oeiras Open. A explosão rumo ao estrelato aconteceu com a conquista do troféu em ‘s-Hertogenbosch e longe de ainda ser um desconhecido continua a afirmar-se em Wimbledon: ultrapassou o terceiro obstáculo da semana e arrisca-se a desafiar o campeão em título.
Depois de dois duelos que caíram para o seu lado na relva britânica, o neerlandês de 25 anos voltou esta sexta-feira a aproveitar o estatuto de wild card para se intrometer entre os 16 melhores: numa partida de sentido único perante o georgiano Nikoloz Basilashvili (26.º), precisou de menos de duas horas para somar os convincentes parciais de 6-4, 6-3 e 6-4.
O menos cotado dos tenistas ameaçou desde logo apoderar-se da liderança, mas foi só na reta crucial do primeiro parcial que se conseguiu desenvencilhar da igualdade. Basilashvili não teve ritmo suficiente para colocar travão ao ascendente de Rijthoven que, sem desacelerar, efetuou duas três quebras (pelo meio sofreu uma) para dilatar conquistar o segundo set e dilatar a vantagem. Após uma troca de breaks, o natural de Roosendaal voltou a ser mais eficaz nos momentos-chave e sem perder tempo carimbou a vitória mais categórica da semana.
Impossibilitado para já de fazer a estreia no lote dos 100 melhores do mundo devido à ausência de pontos em Wimbledon, Tim Van Rijthoven dá mais um passo de gigante em SW19 e o percurso de sonho na sua estreia em torneios do Grand Slam pode ter como próximo capítulo um embate com o sérvio Novak Djokovic (3.º): para isso, ‘basta’ que o por seis vezes campeão da prova elimine o compatriota Miomir Kecmanovic (30.º).
